Apresentada à comunidade acadêmica como uma solução para o financiamento das universidades e institutos federais, além de produzir um “ambiente” dinâmico e de inserção com o mercado, o FUTURE-SE revela-se uma panaceia, desprovida de preocupação com a melhoria do ensino nestas instituições e apresenta um cenário sombrio, caso este programa seja aprovado e implementando na UFRN.
Forjado longe da comunidade acadêmica, sem a participação de nenhum gestor, o programa se baseia na falsa premissa de que as universidades são administradas por gestores incompetentes, perdulários e ineptos; cria um Ministério da Educação (MEC) “investidor” do mercado financeiro; entrega a gestão financeira, de pessoal e acadêmica às Organizações Sociais, de natureza privada; desmonta o papel de formação cidadã das universidades, retirando claramente o papel da Graduação e da Extensão, como eixo construtor dessas entidades; cria um ambiente em que vai imperar o “darwinismo acadêmico”, em que cada um trabalha para sí e não mais para o coletivo, entre outras coisas.
Diante de tal proposta, os representantes dos segmentos organizados da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ADURN-SINDICATO, representando os professores; o ATENS-SN e o SINTEST-RN, representando os servidores técnico-administrativos; e o DCE, representando os alunos, expressam seu repúdio a tal projeto, conclamam a comunidade para que se debata intensamente tal proposta e solicitam ao Conselho Universitário (CONSUNI) uma reunião extraordinária, específica para tratar da proposta governamental.
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