quinta-feira, 14 de junho de 2012

Em busca do Desenvolvimento Sustentával: Começa a Rio+20

Conferência debate desenvolvimento sustentável até dia 22.

Secretário-geral da ONU para a Rio+20, Sha Zukang, abre oficialmente a conferência. (Foto: Giovana Sanchez/G1) 
Secretário-geral da ONU para a Rio+20, Sha Zukang, abre a conferência. (Foto: Giovana Sanchez/G1)

A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começou na manhã desta quarta-feira (13), com uma sessão de abertura no Riocentro. Com isso, os países começam a negociar metas de desenvolvimento sustentável internacionais.

Durante a plenária, o secretário-geral da ONU para a Rio+20, o chinês Sha Zukang, disse que as negociações estão na "fase do vai ou racha", onde os diplomatas "não podem errar."

“Precisamos acelerar drasticamente o ritmo, temos apenas três dias de negociações, são dias onde tudo ou vai ou racha, em que precisamos nos concentrar nas discussões-chave. Uma grande responsabilidade está sob nossos ombros, simplesmente não podemos errar”.

O encontro, que ocorre 20 anos depois da Rio 92, deve reunir mais de 130 chefes de Estado em sua fase final, para debater propostas sobre como aliar o desenvolvimento econômico à proteção ao meio ambiente e à inclusão social.


Desta quarta (13) até a sexta (15) ocorrem as últimas negociações sobre o documento que será levado aos chefes de governo. Trata-se da "Reunião do Comitê Preparatório da Rio+20". Entre os dias 16 e 19, o governo brasileiro organiza mesas de debate sobre temas ligados à sustentabilidade com especialistas na área, nos “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”. A fase final, chamada de “Segmento de Alto Nível”, com presidentes e líderes de governos, vai de 20 a 22 de junho.

As negociações nesta primeira fase ocorrem dentro de "blocos". O Brasil faz parte do "Bloco dos 77 + China", que reúne os países considerados "em desenvolvimento". Antes mesmo do início "oficial", no entanto, o bloco da União Europeia já fazia reuniões internas de negociação.

Um dos dos co-presidentes das negociações, o embaixador da Coreia do Sul, Kim Sook, afirmou que o mundo “está com os olhos voltados para o Rio” e explicou como funcionarão os grupos de discussão, além de distribuir os trabalhos.

Segundo ele, ainda há áreas sem acordo e “temos apenas três dias para finalizar esse documento [a reunião informal em torno do documento segue até o dia 15]”. “Devemos dar um documento limpo aos chefes de Estado, pois devemos isso à nossa geração e ao nosso planeta. O mundo todo está com os olhos voltados para nós e nós somos capazes”, disse Sook.
Mais cedo, em entrevista ao Bom Dia Brasil, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil, afirmou que a Rio+20 "vai definir metas para o mundo inteiro".

"Um dos principais resultados que nós já podemos prever será a adoção pela Rio+20, pelos chefes de Estado, de objetivos de desenvolvimento sustentável", disse. "Haverá uma coisa concreta, que será refinada por um processo de negociação imediatamente depois da Rio+20. Nós temos que definir metas para o mundo inteiro, não só para os países pobres, mas para os países ricos também, para que todos caminhemos no sentido da sustentabilidade."

O embaixador minimizou as ausências de Barack Obama (EUA), David Cameron (Grã-Bretanha) e Angela Merkel (Alemanha). "É impressionante o número de chefes de Estado que já confirmaram a sua vinda. Nós vamos ter mais chefes de Estado e de governo que tivemos na Rio 92. É natural que alguns chefes de Estado não possam vir por razões diferentes, mas seus países terão sempre uma voz muito ativa, porque eles serão representados também em bastante alto nível."

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