Representantes da sociedade civil e da iniciativa privada, gestores
públicos, convidados e autoridades internacionais e nacionais debatem
nesta 5ª feira (22) os objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) das Nações
Unidas (ONU) no Brasil, na Arena de Participação Social, evento que
começou no dia (21) e vai até a sexta (23), em Brasília. Nesta
quinta-feira, estão sendo promovidos diálogos, atividades, painéis e
oficina sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a Agenda
Pós-2015 - que é quando os ODM expiram, e o Marco Regulatório das
Organizações da Sociedade Civil.
Amanhã, no evento, a presidenta Dilma Rousseff vai anunciar os
resultados do 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio, com informações atualizadas sobre a situação
dos ODMs nas diversas regiões brasileiras. Na sexta-feira, também serão
entregues os certificados do Prêmio ODM Brasil, com o reconhecimento de
boas práticas de gestão pública.
Para o representante-residente adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Arnaud Peral, há três áreas que impõem desafios ao cumprimentos dos atuais objetivos do milênio e à agenda pós-2015 no Brasil: a inclusão de pessoas com deficiência, a discriminação de gênero e a preservação da biodiversidade.
"[As pessoas com deficiência] têm muito menos acesso a educação, saúde,
representação social e política. Comparativamente, essas pessoas ainda
tem uma situação bem mais baixa do que a da população em geral",
informou Peral.
"O Brasil avançou e vimos que vamos cumprir a média. Mas achamos que é
pouco, queremos mais. Porque, para que [o avanço] vire realidade, temos
que chegar em cada bairro, rua e casa. Essa tem de ser a referência para
saber se [a situação] melhorou para cada cidadão", disse o secretário
nacional de Relações Político-Sociais da Presidência da República,
Wagner Caetano.
De acordo com ele, é fundamental que haja articulação entre os governos
central e local para a promoção do diálogo e da participação.
"O Brasil é um pais sobre o qual há muita esperança pela sua capacidade
de expansão. Mas acho que é muito difícil perceber a profundidade do
país", disse o o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência, Marcelo Neri.
Hoje, também foi lançada a primeira edição da revista do Movimento
Nacional pela Cidadania e Solidariedade, a Mais Cidadania. Até o final
do dia, serão promovidos painéis sobre marco regulatório de sociedades
civis, parcerias entre o Estado e organizações, oficinas sobre
governança social, municipalização, entre outros temas.
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