Ministro do Desenvolvimento Agrário também ressaltou novidades no sistema de seguro rural em audiência pública no Senado.
Em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma
Agrária (CRA), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto,
apresentou as prioridades do governo federal para o Plano Safra da
Agricultura Familiar 2014–2015. Além do aumento de recursos para
investimento e custeio da produção e a nacionalização da cobertura do
crédito, ele destacou mudanças no sistema de seguro rural.
Para aumentar a produção de alimentos, garantir renda no campo e
buscar a estabilidade dos preços ao consumidor, o governo anunciou no
início desta semana investimento de R$ 24,1 bilhões na agricultura
familiar e na reforma agrária na próxima safra. O valor cresceu 10 vezes
nos últimos 11 anos, conforme ressaltou o ministro.
Os empréstimos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf) aos agricultores são feitos a juros que variam de 0,5%
a 4% ao ano, atendendo 1 milhão de famílias, em 5.454 municípios.
Como novidade para a próxima safra, Miguel Rossetto destacou o Pronaf
Produção Orientada, uma linha de crédito para as Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste. Estão previstos investimentos em sistemas
agroflorestais e convivência com o semiárido, com assistência técnica
gratuita para o agricultor que pagar em dia o financiamento.
— Queremos estimular a boa relação entre o produtor e o profissional que vai orientar esse programa — explicou.
Para a reforma agrária, Rossetto destacou a oferta R$ 1,6 bilhão em
crédito produtivo para assentados. Ele também anunciou a meta de
inclusão de 7 mil assentamentos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) até o
próximo ano.
Na presidência do debate, Acir Gurgacz (PDT-RO) ressaltou a
importância da agricultura familiar para a economia e elogiou o trabalho
do MDA, em especial o aumento progressivo de recursos investidos no
setor.
— Isso tem feito a diferença no desenvolvimento do país. Tanto é que o
Brasil, ano a ano, bate recorde de produção agrícola, pecuária, na
bacia leiteira, e agora passando à industrialização dessa produção —
saudou Gurgacz.
Endividamento
Apesar de também elogiar o avanço do apoio à agricultura familiar,
Ana Amélia (PP-RS) manifestou a preocupação com o endividamento do
campo, o que impediria o acesso de muitos produtores aos recursos
anunciados para a nova safra.
Em resposta, Rossetto afirmou que o crédito, a cada ano, atende um
número maior de agricultores. Na safra que se encerra agora, foram
formalizados 2,5 milhões de contratos, alguns deles grupais, de
associações e cooperativas.
Fonte:Jornal do Senado
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