terça-feira, 1 de julho de 2014

Experiência >> Projeto transforma alimentos em adubo

Horta está sendo desenvolvida por associados da Acrevi – Foto Wilson MorenoO projeto está sendo coordenado pelo químico Francisco de Sousa Júnior e faz parte do seu projeto de mestrado, concluído pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A produção do adubo está sendo feita na própria Acrevi.

Evitar o desperdício, aproveitando restos de alimentos para criação de uma horta orgânica. Uma ideia simples, mas capaz de gerar bons “frutos” está sendo desenvolvida na Associação Comunitária Reciclando para a Vida (ACREVI) e irá contemplar os catadores de material reciclável que integram a entidade.

O projeto está sendo coordenado pelo químico Francisco de Sousa Júnior e faz parte do seu projeto de mestrado, concluído pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Ele explicou que a proposta consiste em transformar restos de comida, coletados em restaurantes da cidade, em adubo. A maior parte dos alimentos vem do Restaurante Popular Barriga Cheia.

A produção do adubo está sendo feita na própria Acrevi, por associados que participaram de uma capacitação ministrada por Francisco de Sousa Júnior. “Eles hoje têm essa capacidade de confeccionar o que nós chamamos de composto húmico”, comentou o coordenador, acrescentando que essa é uma forma de reciclar os resíduos orgânicos de forma nobre, utilizando-os na produção de hortaliças.

O composto é formado por uma mistura. Para cada pilha de 50kg são utilizados 60% de esterco e 40% de restos de alimentos, que são distribuídos em camadas para adubar o solo.

O químico explicou que a composição é bem mais eficiente que o adubo comum. Os resultados são comprovados. De acordo com Francisco de Sousa Júnior, foram realizadas as analises químicas e físicas que comprovam a viabilidade do composto.

A terra já foi tratada e seis associados trabalharão na horta. Na área onde funciona a associação serão plantados cebola, tomate, pimentão e alface. “A priori, é para o consumo e, de acordo com a produção, pode ser que seja transformada em outra forma de renda para eles”, explicou.

“Eles se empolgaram muito com a ideia, até porque é uma atividade necessária em Mossoró”, disse Francisco de Sousa Júnior, se referindo aos restos de comida que seriam desperdiçados, caso não houvesse onde utilizá-los.

“Além de ser ecologicamente correto, as hortaliças se desenvolvem de forma mais rápida”, complementou.
Outra possibilidade que está sendo analisada é implantar um minhocário para aumentar a fertilização do solo.

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