quinta-feira, 3 de julho de 2014

Movimentos sociais se reúnem hoje para articular campanha contra agrotóxicos

O Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem-Terra ao lado de outros movimentos sociais se reúne hoje, a partir das 14h, no Sindicato dos Empregados no Comércio de Mossoró (Secom), para discutir a rearticulação regional da "Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida".
 
Na oportunidade, os militantes farão um levantamento histórico e debate sobre a campanha, que discute o uso excessivo e indevido de agrotóxicos, para em seguida discutir a reorganização e articulação do comitê e, por fim, uma mobilização e visibilidade da campanha e o fortalecimento das experiências agroecológicas.
 
Segundo os militantes, nos últimos três anos o Brasil vem ocupando o lugar de maior consumidor de agrotóxicos no mundo. Eles comentam que os impactos à saúde pública são amplos porque atingem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais, como trabalhadores rurais, moradores do entorno de fazendas, além de todos que consomem os alimentos contaminados.
 
Diante de tal situação, mais de 50 entidades nacionais se organizaram desde 2011 na "Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida", que tem o objetivo de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam, e a partir daí tomar medidas para frear seu uso no Brasil.
 
Adriana Vieira, que participará da reunião representando o Centro Feminista e a Marcha Mundial das Mulheres esclarece que a retomada da campanha aqui no RN é essencial para o fortalecimento das denúncias do modelo de produção do agronegócio que abusa dos venenos e da exploração dos nossos recursos naturais, como a água e do solo.
 
"Além dos danos ao meio ambiente, falamos de danos também dos trabalhadores e trabalhadoras que ficam expostas a situações degradantes, como nós também que nos alimentamos com comida envenenada. A luta pela agricultura familiar, pela agroecologia, busca outra relação com o meio, entre as pessoas e a natureza, entre homens e mulheres, igualdade, autonomia e soberania alimentar, vida de verdade para o nosso povo", destaca Adriana.

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