O
Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem-Terra ao lado de
outros movimentos sociais se reúne hoje, a partir das 14h, no Sindicato
dos Empregados no Comércio de Mossoró (Secom), para discutir a
rearticulação regional da "Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida".
Na
oportunidade, os militantes farão um levantamento histórico e debate
sobre a campanha, que discute o uso excessivo e indevido de agrotóxicos,
para em seguida discutir a reorganização e articulação do comitê e, por
fim, uma mobilização e visibilidade da campanha e o fortalecimento das
experiências agroecológicas.
Segundo os militantes, nos últimos três
anos o Brasil vem ocupando o lugar de maior consumidor de agrotóxicos no
mundo. Eles comentam que os impactos à saúde pública são amplos porque
atingem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais,
como trabalhadores rurais, moradores do entorno de fazendas, além de
todos que consomem os alimentos contaminados.
Diante de tal situação,
mais de 50 entidades nacionais se organizaram desde 2011 na "Campanha
Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida", que tem o objetivo de
sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos
representam, e a partir daí tomar medidas para frear seu uso no Brasil.
Adriana
Vieira, que participará da reunião representando o Centro Feminista e a
Marcha Mundial das Mulheres esclarece que a retomada da campanha aqui
no RN é essencial para o fortalecimento das denúncias do modelo de
produção do agronegócio que abusa dos venenos e da exploração dos nossos
recursos naturais, como a água e do solo.
"Além dos danos ao meio
ambiente, falamos de danos também dos trabalhadores e trabalhadoras que
ficam expostas a situações degradantes, como nós também que nos
alimentamos com comida envenenada. A luta pela agricultura familiar,
pela agroecologia, busca outra relação com o meio, entre as pessoas e a
natureza, entre homens e mulheres, igualdade, autonomia e soberania
alimentar, vida de verdade para o nosso povo", destaca Adriana.
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