Ele disse que o mundo islâmico não só condenou os ataques terroristas que aconteceram na última semana na França, como participou, por meio de cidadãos e líderes, da marcha que reuniu 1,5 milhão de pessoas em Paris, no último domingo (11). “Mas ao mesmo tempo nós vemos que, no dia seguinte, o jornal voltou a publicar desenhos de Maomé. Isso é uma insolência, uma ignorância e uma irresponsabilidade. Pessoas marcharam pela sua liberdade de expressão, mas essa liberdade não pode atingir a crença de outras pessoas”, enfatizou Madani.
O ministro do Exterior do Irã, Mohammad Javad Zarif, em entrevista concedida antes de iniciar reunião com o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, sobre a redução da capacidade nuclear do país, disse que “valores e crenças precisam ser respeitadas para que haja um diálogo sério com o Ocidente”.
O grupo Hamas, movimento islâmico fundamentalista, também se manifestou. Em Gaza, o porta-voz, Fawzi Barhoum, condenou a charge do profeta Maomé. “Esta é uma ação perigosa. É claramente um ataque aos muçulmanos, é uma motivação para o ódio e a consolidação do ódio contra os muçulmanos no mundo e na França. Todas essas campanhas contra o islamismo, contra o profeta Maomé e contra os muçulmanos no Ocidente precisam parar”.
A capa da edição histórica do jornal Charlie Hebdo - a primeira depois que a publicação foi vítima de um ataque terrorista que deixou 12 mortos na última quarta-feira (7) - traz uma charge do profeta Maomé com lágrimas nos olhos, segurando uma placa onde se lê "Je suis Charlie", que quer dizer "Eu sou Charlie", a mesma frase utilizada por milhões de manifestantes que marcharam pelas ruas da França no domingo. No topo, o título: "Tudo está perdoado".
A edição tinha tiragem prevista de 3 milhões de exemplares, mas com a grande demanda registrada esta manhã, foi ampliada para 5 milhões de exemplares, número mais de 80 vezes maior do que a circulação normal, de 60 mil.
Fonte: Agência Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário