Imagem do Google |
Sete
de janeiro marca o Dia da Liberdade de Cultos. O ilustre escritor
Jorge
Amado
(1912-2001), então deputado federal, apresentou um projeto de lei à
Assembleia Constituinte de 1946 que aprovou essa meritória data
comemorativa.
Naturalmente,
para fazer cumprir-se uma lei, que visa coibir hostilidades
milenares, torna-se indispensável um esforço conjunto. A Legião da
Boa Vontade, desde que surgiu com Alziro
Zarur
(1914-1979), no programa Hora
da Boa Vontade,
em 1949, vem pautando seus propósitos em prol do direito de cada um
expressar sua fé e do entendimento de todos pelo bem comum. Uma de
suas primeiras iniciativas foi a Cruzada de Religiões Irmanadas,
abrindo assim o inter-relacionamento religioso no país, cuja reunião
inaugural ocorreu no Salão do Conselho da Associação Brasileira de
Imprensa (ABI), na capital fluminense, em 7 de janeiro de 1950, após
sucessivas reuniões preparatórias realizadas no mesmo local, nos
meses de outubro, novembro e dezembro de 1949, na sala da diretoria
da prestigiada Associação.
Diversidade
Religiosa e Direitos Humanos
Oportunamente
agradeço à Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da
República, que colocou na cartilha Diversidade
religiosa e direitos humanos
este pequeno trecho do meu artigo “Religião não rima com
intolerância”:
Compreendo
Religião como Fraternidade, Solidariedade, Respeito à Vida Humana,
Salvação das Almas, iluminação do Espírito, que todos somos.
Entendo Religião como algo dinâmico, vivo, pragmático,
altruisticamente realizador, que abre caminhos de luz nas Almas e
que, por essa razão, deve estar na vanguarda ética. Não a vejo
como coisa abúlica, nefelibata, afastada do cotidiano de luta pela
sobrevivência que sufoca as massas. Não a entenderia, se não
atuasse também de modo sensato na transformação das realidades
tristes que ainda atormentam os povos.
Quatro
Pilares do Ecumenismo
Ainda
no campo da boa coexistência entre as criaturas, ao desenvolver a
concepção que temos sobre duas terminologias criadas por Zarur —
Ecumenismo Irrestrito e Ecumenismo Total — podemos agora, indo
adiante, destacar:
O
Ecumenismo Irrestrito prega o perfeito relacionamento entre todas as
criaturas da Terra. Trata-se de um caminho aberto à Paz, pois
deplora a intolerância e afirma que ela não precisa rimar com
religião. O Ecumenismo Total preconiza a fraterna aliança da
Humanidade da Terra com a do Mundo Espiritual Superior. Afinal de
contas, os mortos verdadeiramente não morrem. Eles são, agora, o
que seremos amanhã. O célebre evangelista norte-americano Billy
Graham
escreveu: “A
morte não é o fim, mas o começo de uma nova dimensão de vida —
a vida eterna. (...) Pela Sua ressurreição de entre os mortos,
Jesus demonstrou — sem qualquer sombra de dúvida — que existe
vida após a morte”.
Deve-se contar também, por puro raciocínio, qualquer civilização
que possa haver no Espaço. Por que não?! Todo o Universo está aí
para que apenas o fiquemos (à exceção dos astrônomos, pensadores
e poetas) ociosamente apreciando?! E olhe lá, quando nos lembramos
de erguer os olhos para ele... Seria pretensão de nossa parte
admitir a impossibilidade da existência de outras formas de vida no
Cosmos. Outro ponto: nem tudo (ou todos) que lá por fora exista tem
por obrigação parecer conosco. Quando o ser humano isso
compreender, estará mais apto a vivenciar outras duas etapas:
Ecumenismo dos Corações e Ecumenismo Divino.
Voltaremos
ao assunto.
José
de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
Sem comentários:
Enviar um comentário