quarta-feira, 13 de julho de 2016

TODO CUIDADO É POUCO >> Eleição para preseidente da Câmara Federal: O mesmo do mesmo para substituir Cunha



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A eleição desta quarta-feira (13) para escolha do substituto de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, que renunciou ao cargo na semana passada, parece ser o mesmo do mesmo na Casa. Ou seja, o jogo de interesses prevalece no Legislativo. Entra governo sai governo e a coisa continua a mesma.
Veja agora, caro leitor, o presidente interino Michel Temer, segundo o site Congresso em Foco, manifestou a diversos interlocutores preocupação com o desgaste que a eleição pode trazer à base governista, à qual pertencem quase todos os pretendentes. Para o Planalto, os traumas tendem a ser maiores se for mais elevado o grau de fragmentação. Mensageiros palacianos têm ponderado que não faz sentido ter mais de cinco ou seis candidatos numa briga que é, afinal, por um mandato-tampão de apenas seis meses (um novo presidente será eleito no início de fevereiro de 2017).
Difícil é convencer alguns aspirantes ao cargo. Para vários deles, o simples fato de ter o nome cotado para a função pode embalar planos políticos regionais ou fortalecer a negociação de seus interesses no plano federal – com relação a nomeações ou repasses de recursos orçamentários, por exemplo. Também há casos de deputados que foram vistos como alternativas para algo impensável na Câmara de hoje: um gesto de aceno para uma sociedade que, assombrada com a sucessão de escândalos promovida pela Lava Jato e por outras investigações em curso, gostaria de ver o Parlamento distante das páginas policiais. Daí o aparecimento de nomes como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Luiza Erundina (Psol-SP), hoje virtualmente descartados.
Certo é que o candidato de Temer é o deputado Rogério Rosso (PSD-DF). O parlamentar tem o apoio do chamado centrão, formado por PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL. Rosso ficou carimbado como o candidato do ex-presidente Eduardo Cunha após ser escolhido pelo peemdebista como presidente da Comissão do Impeachment na Câmara. Aliás, Cunha dias atrás esteve no Palácio Jaburu, residência oficial do presidente interino da República, Michel Temer, para pedir apoio a candidatura do seu amigo, coisa que satisfaz plenamente a Temer.
Quanto a Michel Temer, ele deseja, sobretudo, evitar os problemas que vários de seus antecessores tiveram de administrar após as fissuras causadas pela eleição do presidente da Câmara, de acordo com o Congresso em Foco. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse mais de uma vez que a derrota imposta pelo à época deputado Aécio Neves (PSDB-MG) a Inocêncio Oliveira (PFL-PE), derrotado na tentativa de se reeleger presidente da Casa, foi o começo do fim da era tucana. Muitos aliados atribuíram a vitória de Aécio à mão invisível do Planalto e alguns se vingaram no pleito presidencial de 2002, quando o petista Lula bateu o hoje chanceler José Serra.
Em 2005, o PT nadava de braçadas com a maior bancada da Câmara, a popularidade de Lula nas nuvens e folgada maioria no Congresso. Caiu na besteira, no entanto, de lançar dois candidatos, Virgílio Guimarães (MG) e Luiz Eduardo Greenhalgh (SP). Melhor para Severino Cavalcante (PP-PE), que ganhou a parada como porta-voz do chamado baixo clero, nome dado ao conjunto de parlamentares mais ou menos anônimos que formam a grande maioria dos deputados.
Temer também quer evitar o erro cometido pela gestão de Dilma Rousseff, que declarou apoioao deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), enfrentando o naquele momento já favorito Eduardo Cunha, que depois lhe ofereceu em troca em doses variadas e generosas o amargo prato da vingança.
Fonte: Nominuto.com

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