terça-feira, 15 de outubro de 2019

EM NATAL >> Fórum Direito à Cidade realiza Oficina tanta gente sem casa, tanta casa sem gente

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O Fórum Direito à Cidade e o Movimento Nacional da População em Situação de Rua, com apoio do Instituto Pólis e do Observatório das Metrópoles convidam:
PARA QUE? Oficina tanta gente sem casa, tanta casa sem gente
QUANDO? 17 e 18 de outubro, a partir das 8h00
ONDE? Auditório do Minhocão (CT) e Auditório do CCET - UFRN

Em 2015, o IBGE contou 1 em cada 10 pessoas morando em assentamentos precários em Natal. Eram, no total, quase 81 mil pessoas. E aqueles que “não moram”? Contam? Quem conta? Segundo estimativa do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, cerca de 1500 pessoas, tolhidas em seus direitos e invisibilizadas pelo estigma, resistem nessa situação, em nossa cidade.
Para a resolução dessa “equação social”, outro número importante para a conta seria a quantidade de imóveis (terrenos e edifícios) sem uso ou subutilizados que vemos amontoarem-se pela cidade, nas áreas centrais e/ou periféricas. Ainda estamos trabalhando para construir esse dado a nível local, seja numérico e/ou mapeado, mas já sabemos que a conta não bate quando ampliamos nosso olhar para a escala nacional. Os dados de 2017 nos mostram 7 milhões de edifícios que não cumpriam sua função social no país, enquanto o déficit habitacional era de pouco mais de 6 milhões de famílias.
As variáveis da equação que, matematicamente, parece fácil de ser resolvida, precisam ser (re)discutidas e (re)posicionadas de forma que o cumprimento da função social da propriedade urbana contribua para garantir a dignidade da habitação, especialmente àqueles em situação de rua. Assim, diante da realidade natalense e acumulando contribuições de movimentos sociais, técnicos e acadêmicos, a oficina pretende pensar e conceber estratégias para consolidar as demandas da população em situação de rua na agenda da política urbana em Natal, sobretudo, no momento da revisão do Plano Diretor da cidade, contribuindo para equacionar o conflito de “tanta gente sem casa e tanta casa sem gente”.

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