domingo, 13 de outubro de 2019

LIÇÕES MARCANTES >> Cem anos de história da seca no Nordeste

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🌵  Junho de 1939. José Guimarães Duque, um dos mais obstinados cientistas que trabalhou pelo desenvolvimento do Nordeste brasileiro, publicou um artigo no Boletim da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS) sobre a produção agrícola na região.

De sensibilidade aguçada, ele reclamava da enorme distância entre o conhecimento científico, extremamente especializado, e a aplicação prática para contribuir com melhoramentos na atividade rural.

Duque chamava atenção para o “grande vácuo” entre a fazenda e o técnico, para uma ciência indefinida, inaplicável ao meio no momento, sem resultados práticos. “Se a terça parte dos conhecimentos dos agrônomos brasileiros fossem já aplicados pelo homem rural, a agricultura teria dado um passo formidável”, dizia Duque.


“Nós temos que nos abaixar até onde está o homem rural, compreendê-lo, erguê-lo em conhecimentos práticos, realizáveis, econômicos, se quisermos organizar a agricultura”, argumentava o engenheiro agrônomo.


Vale a reflexão para os dias atuais. É a agricultura familiar que nos garante diariamente uma alimentação saudável. Porém, uma das mais cruéis vulnerabilidades dos homens e mulheres que vivem e trabalham no campo é o acesso à tecnologia e ao conhecimento.


Essas e outras histórias fazem parte do Livro “Um século de secas”, que está com as ÚLTIMAS UNIDADES e aborda vulnerabilidades no Nordeste, como seca, desertificação e mudanças climáticas.


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Extraído do site Letras Ambientais

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