Na
 semana que passou, Kátia Abreu (PSD-TO) voltou a atacar publicamente os
 direitos indígenas às suas terras ocupadas tradicionalmente. Há mais de
 500 anos, quando os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, os 
índios eram vistos com o mesmo olhar conservador expresso no último sábado (7), em pleno século XXI, pela digníssima senadora da República, em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo.
Com argumentos retrógrados e preconceituosos,
 que representam total desconhecimento sobre a cultura e a História do 
Brasil, a Senadora (eleita para representar os interesses de todo povo 
brasileiro) insiste numa cartilha desatualizada, com os mesmos velhos 
argumentos usados na batalha para destruir o Código Florestal em 2011.
E a mesma história se repete: tanto durante a disputa pelo Código Florestal como agora com o ataque aos direitos indígenas,
 os ruralistas liderados por Kátia Abreu mostram as garras em Brasília 
e, no campo, os índices de desmatamento voltam a crescer.
Nesta 
terça-feira (10/09/2013), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
(Inpe) apresentou os dados do sistema Deter, que mostrou uma perda 
florestal de 2765,6 km2 de agosto de 2012 a julho de 2013. Isso 
significa uma tendência de aumento do desmatamento de 35%
 com relação ao período anterior. É a consolidação, na prática, da 
ofensiva que se abre no Congresso, que busca ampliar a oferta de terras 
ao excludente modelo do agronegócio nacional.
A face da bancada ruralista,
 da qual Kátia Abreu é representante de peso, é o retrato anacrônico do 
Brasil feudal nos tempos em que o Brasil novo, aquele que mostrou as 
caras nas ruas no último mês de junho, clama por uma mudança urgente nas
 práticas de se fazer política e no modelo de desenvolvimento, que ainda
 promovem a exclusão de milhares de brasileiros.
Se você, como nós, também quer que o Brasil seja a vanguarda econômica, social e ambiental do mundo, continue conosco e compartilhe o projeto de lei pelo Desmatamento Zero.
 Diga à Kátia e seus comparsas que queremos e vamos lutar por um novo 
Brasil, onde preservação do meio ambiente e inclusão social estarão na 
ordem do dia.
Danicley de Aguiar
Coordenador da Campanha Amazônia
Greenpeace
 
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