Segundo o IBGE, quase 1/3 daqueles que se utilizam da bicicleta como
meio de transporte no Brasil têm renda familiar de até R$ 600. São estes
os brasileiros mais afetados pela alta tributação, que tolhe o acesso a
um produto de mais qualidade e com valores mais justos, favorecendo a
migração para outros meios de transporte, especialmente os motorizados.
A isenção do IPI para bicicletas, partes e peças é uma medida urgente
e necessária, tanto para fomento do mercado, quanto para que o valor
final da bicicleta esteja mais ajustado ao bolso dos brasileiros.
Estudos indicam que zerando o IPI para bicicletas, que hoje é de 10%, o
Brasil teria um aumento de 11,3% nas vendas de bicicletas. Isto
significa mais arrecadação para o governo federal (através de outros
tributos já cobrados), mais pessoas pedalando e, principalmente, mais
qualidade de vida em nossas cidades.
Hoje o Brasil é o 3º maior produtor de bicicletas no mundo, perdendo
apenas para a China e para a Índia. É o 5º maior consumidor de
bicicletas no mundo, representando uma fatia de 4,4% do mercado
internacional. No entanto, quando observamos o consumo per capita de
bicicletas, caímos para a 22ª colocação, o que significa um mercado
emergente e um potencial de crescimento enorme.
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Do ano de 2008 para cá temos visto, infelizmente, um encolhimento
gradual da produção e do consumo de bicicletas no Brasil. Contrariando,
inclusive, a tendência mundial que aponta que, de 1970 até 2007, a
produção de bicicletas foi 2,6 vezes superior a de automóveis.
A isenção do IPI para bicicletas, partes e peças, portanto, é apenas
uma das medidas urgentes para corrigir esta desigualdade socioeconômica
que freia o desenvolvimento de uma cultura da bicicleta no Brasil.
Postado por: Bicicleta Para Todos
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