Racismo na educação infantil - por Sueli Carneiro www.geledes.org.br
Dia 27 de outubro, a professora Eliane Cavalleiro lançou o livro Do Silêncio do Lar ao Silêncio Escolar: racismo, discriminação e preconceito na educação infantil, Editora Contexto. Houve certa tensão entre a autora e algumas professoras...
[...] A omissão e o silêncio das professoras diante dos estereótipos e dos estigmas impostos às crianças negras são a tônica de sua prática pedagógica. Outra menina negra conta que as crianças a xingam de ‘‘preta que não toma banho'' e acrescenta: ‘‘Só porque eu sou preta elas falam que não tomo banho. Ficam me xingando de preta cor de carvão. Ela me xingou de preta fedida. Eu contei à professora e ela não fez nada''. Dois meninos negros eram chamados por uma professora de ‘‘filhotes de São Benedito'', porque ela os achava ‘‘o cão em forma de gente''.
Como consequência, a auto-estima dessas crianças e sua auto-representação ficarão seriamente abaladas. A imagem de si mesmas será inferiorizada e as crianças brancas que presenciaram as cenas provavelmente se sentirão superiores a elas. Estabelece-se, assim, o círculo vicioso do racismo que estigmatiza uns e gera vantagens e privilégios para outros.
[...]As crianças repetiam os ensinamentos e comportamentos discriminatórios dos adultos. Foi nesse contexto que um garoto branco sugeriu a outro garoto negro que levasse para casa um carrinho abandonado no tanque de areia, porque ‘‘preto tem que roubar mesmo''.
Meu caro companheiro CANINDÉ ROCHA, recebi seu comentário assinado por SOCORRO SILVA em meu blog. Infelizmente não estou conseguindo fazer a moderação do blog. Peça-lhe que entre em contato ou que envie ao meu e-mail uma forma de contato. (pauloafonso13@gmail.com)
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