segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Curiosidades >> Camelôs conhecem o Brasil seguindo festas religiosas

Ambulantes conhecem várias partes do Brasil com vida aventureira

Diversos camelôs são vistos em todas as edições da Festa de Santa Luzia, oferecendo brinquedos, souvenires, entre outras coisas. E quem são essas pessoas que só estão por Mossoró durante a festa de padroeira? Esses ambulantes circulam por todo o Brasil, sempre seguindo o roteiro das festas de padroeira que acontecem no país.

José de Medeiros tem 52 anos e é natural de Pesqueira, no estado de Pernambuco e afirma que já conheceu pelo menos 20 estados do Brasil nos 25 anos de profissão e diz que entrou na profissão pelo prazer de viajar.

“A gente tem uma vida simples, às vezes ficamos em lugares sem conforto, porque o custo é muito alto. Às vezes a gente também vai para uma cidade longe, mas não lucra, porque a festa foi fraca. Mas, no final das contas, vale a pena, porque um homem simples, como eu, não teria como conhecer tantos lugares se tivesse escolhido outra profissão. Minha vida é viajar”, declarou.

Hoje, ele tem a companhia de dois filhos, um irmão e um primo em Mossoró, durante a Festa de Santa Luzia. “Eu chegava contando em casa, como foi viajar para Uberlândia, Ituitaba, Gramado, Cuiabá, Feira de Santana, então foi todo mundo entrando nessa vida. É difícil, às vezes me sinto cansado, mas sempre vale a pena”, declarou, afirmando esperar lucrar pelo menos R$1500 durante a estadia em Mossoró.

José Leite não tem o mesmo prazer de ter a companhia familiar. Enquanto ele está em Mossoró, a sua esposa, que também é camelô, está em Belém do Pará. Segundo ele, é uma constante essa separação, pois é uma estratégia para não haver prejuízo, caso alguma festa não corresponda as expectativas de venda.

“A gente prefere assim, eu vou para um lugar e ela para outro, porque se der fraco em uma festa, em outra pode lucrar. Dificilmente nós dois estamos em casa ao mesmo tempo”, disse, afirmando ainda que não espera por muitos lucros na Festa de Santa Luzia. “Está fraca, a festa. Eu já estava sete anos sem vim, porque sabia que a festa tinha caído. Vim nesse ano, mas acho que posso sair no prejuízo. Antes era bom e eu vinha todo ano”.

Ainda segundo o ambulante, a festa religiosa que lhe dá mais lucro é a festa de Padre Cícero, que acontece em junho na cidade de Juazeiro do Norte. “Essa a gente não pode perder, é lucro certo, é sempre muito lotado”.

Fonte: Jornal de Fato

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