Para a Central, qualquer mudança de regime deve ser feita por meios democráticos de disputa
Escrito por: Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, e João Felício, secretário de Internacional
A Central Única dos Trabalhadores, desde sua fundação, defende a livre
manifestação pacífica como um direito legítimo de uma sociedade
democrática.
No entanto, os recentes fatos que vêm ocorrendo na Venezuela estão
longe de ser uma manifestação democrática, por uma pauta de
reivindicações que busque melhorar a vida do povo venezuelano. O que se
percebe é mais uma tentativa de golpe orquestrada pelas elites com o
apoio de forças externas, com o único e exclusivo intuito de demover o
governo democrático-popular eleito pelo povo.
Ao longo da história da América Latina, essas tentativas imperialistas
de golpe contra governos democrático-populares, de esquerda ou de
centro-esquerda têm sido constantes. No caso da Venezuela, estão em cena
as mesmas pessoas e instituições que tentaram depor Hugo Chávez, sempre
com o apoio da elite local e financiamento externo.
Para a CUT, qualquer mudança de regime, em qualquer país, deve ser
feita por meios democráticos de disputa e não por golpe de Estado.
Esperamos que a Paz seja retomada na Venezuela e que o povo possa continuar a decidir o destino do país nas urnas.
São Paulo, 21 de fevereiro de 2014.
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