Depois de perder a força que tinha a partir da década de 60, o
carnaval natalense viveu momentos onde a folia momesca não tinha aqueles
embalos dos áureos tempos dos famosos corsos e praticamente
morreu.Agora, ressurge a partir do primeiro mandato do prefeito Carlos
Eduardo que valorizou as iniciativas para estimular as bandas e blocos
eno seu segundo mandato com a criatividade e o esforço do presidente da
Funcarte, Dácio Galvão, o carnaval natalense volta com força.
Começou há setes anos atrás com o Baile de Máscaras da Confeitaria
Atheneu, que virou o Baile da Cidade e onde o prefeito faz entrega ao
Rei Momo das chaves da cidade para dar início ao período momesco. O
Baile de Máscaras foi invenção, modéstia parte minha e com apoio de
outros confeitaristas (Eudes Casado, Guga Leal, Delio Casado, Ronald
Gurgel), que queríamos aliar uma festa para badalar a Confeitaria
Atheneu comandada por Odeman e Silvia. Fizemos o primeiro baile, com
quatro gatos pingados, mas cresceu e hoje é a melhor prévia de carnaval
de Natal. Ninguém paga nada, bota sua fantasia e vai para a Confeitaria
tirar o stress. Com apoio do prefeito Carlos Eduardo e pela Funcarte,
Dácio Galvão, a festa virou também um show , onde se apresentam
artistas, passistas e bandas.
As bandas como a ”Independente da Ribeira”, onde em outra frente o
arquiteto , Haroldo Maranhão, abraçou a causa também começou o
movimento timidamente e agora é a melhor prévia de cortejo do carnaval
pé do chão de Natal.Tivemos outros experiências como a banda “Antigos
Carnavais” todas desfilando no Centro e começando a marcar presença o
Baile das Kengas, comandado por Lula Belmont Henrique.
Na Redinha, com 26 anos saindo pelas ruas da praia a “Banda do Siri” o
ponto alto do carnaval da praia da Redinha, um dos melhores carnavais
de Natal, sua proposta consiste em levar o autentico carnaval do frevo a
veranistas e moradores durante as tardes e noites dos quatro dias do
reinado de momo, sem cordas e cordões, resgatando a liberdade e a
irreverência do nosso povo com sua orquestra de metais este ano
comandada pelo maestro Paulo Henrique com 50 músicos
“Somos talvez o único bloco carnavalesco do estado que sai os quatro
dias de folia de momo. É muito trabalhoso, porém gratificante pela
alegria estampada nos rostos das pessoas por onde a nossa banda passa”
comentou Fábio Henrique Diretor e um dos fundadores da a banda do siri,
ao lado de João Alfredo ( in Mememoriam) e Helio Rocha, que também
continua dirigindo a banda com toda força e alegria.
Em
Ponta Negra, com o vigor e a criatividade do cartunista Edmar Viana (já
falecido) criou e incentivou o maior bloco da Zona Sul – “Poetas,
Carecas, Bruxas e Lobisomens”. Foi outro bloco que pegou, leva
centenas e centenas de natalenses com suas famílias, numa festa de
alegria e prazer no sábado de carnaval.
Mais um bloco desponta com sucesso é o “Suvaco do Careca”,
idealizado por um grupo de amigos coordenado por Maurício Cavalcante que
sai no domingo de carnaval em frente do Mercado de Ponta Negra, com
seus bonecos gigantes e seus estandartes.O “Suvaco do Careca” surgiu em
2011, no bairro de Ponta Negra com o objetivo de resgatar a cultura dos
antigos carnavais e estimular a população natalense a permanecer em
Natal durante o período momesco. A ideia do nome “Suvaco do Careca” foi
inspirado em um bloco de carnaval que já existe a 30 anos no Rio de
Janeiro, denominado “Suvaco do Cristo”. O bloco valoriza principalmente
as marchinhas, resgatando as músicas tradicionais do carnaval para que
estas sejam preservadas e valorizadas como patrimônio cultural
brasileiro.
Temos ainda outros blocos tradicionais, mas o peso do carnaval natalense foi revigorado por estes.
Agora é curtir e saudar o carnaval que está nas portas começando pela Confeitaria Atheneu.
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