Economia brasileira cresceu 2,3% em 2013 e todos os setores alcançaram índice positivo, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta (27)
Fonte: CUT Nacional
O discurso uníssono da oposição de que a economia brasileira vai de mal
a pior esvaziou mais um pouco nesta quinta-feira (27) com a divulgação,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), do
resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013. A economia brasileira
cresceu 2,3% e a produção de todas as riquezas do Brasil atingiu R$ 4,8
trilhões. O resultado veio acima das expectativas dos chamados
analistas, maior até do que o desempenho apresentado por países
desenvolvidos.
O crescimento do PIB brasileiro foi superior ao dos
Estados Unidos e do Reino Unido, que cresceram 1,9% em 2013; maior do
que o crescimento do PIB da Alemanha, que ficou em 0,4%, maior do que o
do Japão, que cresceu 1,6%, e bem melhor do que o PIB dos países da Zona
do Euro, onde a economia, na verdade, andou para trás, com a riqueza
encolhendo 0,4%.
Apesar de todas as dificuldades externas, de um mundo ainda muito
conturbado pela crise de 2008, o desempenho do País mais uma vez
demonstra que os fundamentos da política econômica são sólidos e tem um
rumo: a garantia do bem estar dos brasileiros, com elevação de renda e
pleno emprego.
O resultado divulgado na manhã desta quinta-feira (27/02) foi recebido com entusiasmo pela bancada petista no Senado. O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, Humberto Costa (PE) disse que, mesmo diante das condições extremas da economia mundial, o Brasil mostrou vigor, enfrentou as adversidades e cresceu – e não foi só a economia do País que aumentou, a riqueza dos brasileiros também.
“É uma resposta muito contundente da solidez do nosso crescimento e da
credibilidade da condução da nossa economia”, ressaltou Humberto. “Essa
alta do PIB vem ao encontro de uma série de outros indicadores muito
positivos que têm sido divulgados, e que corroboram, decisivamente, para
o aumento da confiança no nosso País”, afirmou.
O líder do PT no Senado avalia que a recuperação econômica mundial tem
se dado num processo lento, e o Brasil – mesmo diante de um ambiente de
pessimismo criado por alguns setores internos – tem apresentado
crescimento acima da média global. “O PIB ainda não é aquele que
queremos. Mas está gradualmente aumentando. Poucos países no mundo têm
crescido como o Brasil”, observou.
Para o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), a leitura atenta dos números
é reveladora: todas as áreas cresceram, o agronegócio 7%, a indústria
1,3% e a área de serviços 2%. Segundo ele, também é um alento o
percentual de 6,3% da taxa de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF),
sinalizando que os empresários, mesmo diante dos discursos de que a
economia vai mal, estão apostando no crescimento e, na prática, estão
realizando investimentos na produção.
“Esse resultado reverte a tentativa de algumas pessoas de criar um
cenário negativo em relação ao ritmo da economia brasileira. Os números
comprovam que essa visão está errada e, na vida real, a economia está
indo bem; tem reagido às medidas adotadas pelo governo da presidenta
Dilma Rousseff. O crescimento do agronegócio, de 7%, é um exemplo da
recuperação e mostra a vocação do Brasil nessa área. E meu estado deu
expressiva contribuição para o resultado final”, comemorou o senador
Delcídio do Amaral (PT-MS).
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) enfatizou o resultado ao analisar a
Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) que cresceu 6,3% e a taxa de
investimento que foi de 18,4% do PIB, acima do percentual de 18,2% do
PIB em 2012. “Nosso crescimento vem sendo gerado pelo investimento e não
pelo consumo, como alguns observadores afirmam. Não veio a recessão tão
alardeada pela oposição. Melhor do que isso, o surpreendente
crescimento das exportações no último trimestre de 2013, da ordem de
4,1%, revela que a economia responde aos estímulos da política
macroeconômica conduzida pela presidenta Dilma Rousseff. Na realidade e
na direção contrária o PIB não deu guarida aos pessimistas de plantão”,
salientou.
Mesma avaliação tem o líder do Governo no Congresso, senador José
Pimentel (PT-CE), para quem os pessimistas amanheceram mais tristes
nesta manhã ao saber que o PIB brasileiro cresceu 2,3% e ficou bem acima
do que o resultado de diversos países. “Os pessimistas amanheceram
tristes. O País continua em ritmo de crescimento, ao mesmo tempo em que
gera empregos e aumenta a renda das famílias. Esse é que é o Brasil.
Seria bom que esses analistas se desculpassem com a nação”, recomendou
Para o senador Jorge Viana, o crescimento do PIB brasileiro foi
substancial se comparado ao do ano passado, quando ficou em 1,1%.
Avaliando o desempenho de outros países, Viana destaca que o resultado
brasileiro só ficou atrás apenas do PIB da China (7%) e da Coreia do Sul
(2,8%). Portanto, o Brasil foi a terceira economia que mais cresceu no
planeta.
O senador Wellington Dias (PT-PI) recordou que o Brasil saiu ileso da
maior crise de todos os tempos iniciada em 2008 e de lá para cá, o País
continuou gerando empregos ano após ano, diferentemente do que via em
outros países. As principais economias do mundo, nesse período,
queimaram cerca de 60 milhões de empregos, enquanto o Brasil gerou
aproximadamente dez milhões de novos postos de trabalho. “Em 2012 o
crescimento da nossa economia ficou num patamar de 0,9% e crescer 2,3%
no ano passado, dentro desse ambiente de crise mundial, significa dizer
que ao contrário do pessimismo pregado por alguns as medidas adotadas
pela presidenta Dilma surtiram efeitos. Sou otimista e digo que neste
ano continuaremos crescendo. Acredito que é possível o PIB chegar a
3,5%, consolidado a retomada porque outras regiões começam a sair da
crise”, avaliou.
Números
O agronegócio cresceu 7% no ano passado influenciado diretamente pelo
desempenho positivo de algumas culturas que aumentaram a produção ao
mesmo tempo em que se registraram ganhos de produtividade, com destaque
para a soja (24,3%), cana de açúcar 10%), milho (13) e trigo (30,4%).
Na indústria, o crescimento teve contribuição da atividade do setor
elétrico, gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,9%). A indústria de
transformação e o setor da construção civil cresceram 1,9% em relação a
2012 e na área de serviços, todas as atividades cresceram: serviços de
informação (5,3%), transporte, armazenagem e correio (2,9%), comércio
(2,5%), serviços imobiliários e aluguel (2,3%), administração, saúde e
educação pública (2,1%), intermediação financeira e seguros (1,7%) e
outros serviços (0,6%).
PT no Senado
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