Os exemplos
citados são apenas alguns dos muitos casos registrados nos últimos anos
em que a força de boatos espalhados na internet, através de redes
sociais como o Twitter e Facebook, pode ocasionar sérias consequências. A
morte da dona de casa Fabiane de Jesus acendeu um alerta: até que ponto
o internauta está usando adequadamente as comunidades virtuais?
Para
tentar responder a esse questionamento, o jornal O Mossoroense ouviu
especialistas no assunto e apresenta a seguir os seus posicionamentos
sobre o tema. Na visão da jornalista e diretora de uma agência
especializada em gerenciamento de redes sociais, Ana Edite Ulisses, é
fundamental que o usuário, antes de qualquer postagem ou
compartilhamento na internet, verificar a veracidade da informação:
"Acho
primordial, antes de qualquer publicação de um assunto na internet, o
internauta verificar a informação. Por mais que as redes sociais tenham
como característica o imediatismo e a instantaneidade, o usuário tem que
ter cuidado antes de postar a informação. Mesmo ele achando que com
isso vai dar um furo, sendo rápido na postagem, muitas vezes, isso pode
gerar grandes problemas", afirma.
Internauta é responsável pela produção da informação
Para
a professora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern),
Mayra Ribeiro, que está concluindo doutorado cujo tema é "Docência e
Cybercultura", com o surgimento das redes sociais todo usuário é
produtor de informação, o que gera sob esse internauta uma grande
responsabilidade em relação ao que está sendo disseminado.
"A
internet é um ambiente livre, o caminho não é censurar, mas sim
orientar. Hoje todo mundo produz informações, agora é preciso sempre
fazer uma análise sobre esse conteúdo", destaca a docente.
Ainda
conforme Mayra Ribeiro, uma das alternativas para educar o usuário na
internet é ampliar o papel da escola, desde o nível mais básico até o
ensino superior, no processo de educação virtual. "O que vemos hoje é a
própria escola impedindo o acesso de seus estudantes às redes sociais. É
necessário ressignificar esse papel, potencializar esse aprendizado do
ponto de vista das novas ferramentas tecnológicas, orientar os usuários
sobre o que deve e não deve ser feito nesse universo", conclui.
Sem comentários:
Enviar um comentário