A Justiça de São Paulo determinou que a Editora Globo interrompa a
distribuição e retire de circulação os exemplares já distribuídos. Para
os senadores, a medida não é suficiente. Malta cobrou uma investigação
apurada dos editores e donos da revista, uma convocação dos pais e a
punição de todos os envolvidos. Inácio concordou e destacou que o abuso
infantil deve ser combatido urgentemente.
— O Ministério Público deve responsabilizar os dirigentes da empresa.
A revista abusou das crianças mesmo que o ensaio tenha sido autorizado
pelos pais — protestou Inácio.
Malta classificou o ensaio, intitulado
“Sombra e água fresca”, como violação dos direitos das crianças que
colabora para a exploração sexual de menores. Para ele, a revista
poderia ser acusada de promoção da pedofilia.
— Nada justifica esse ensaio. A criança é erotizada antes até de chegar na sua fase de puberdade — ressaltou.
Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que a publicação viola princípios básicos
ligados à proteção integral da criança, previstos na Constituição, e
lamentou a postura da revista, que “não pensa em ninguém, chegando a
ferir imagens de crianças”.
Fonte: Jornal do Senado
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