As assinaturas foram coletadas pelo movimento “Plebiscito Constituinte”, com adesão de cerca de 480 entidades e movimentos sociais. Entre os pontos discutidos estão o financiamento público de campanha, o fim do voto secreto em deliberações do Congresso e das coligações partidárias proporcionais
Na segunda-feira (13), a presidenta e candidata à reeleição pelo PT,
Dilma Rousseff, recebeu 7,5 milhões de assinaturas de pessoas que apoiam
um plebiscito para a formação de uma assembleia constituinte que possa
implementar a reforma política no país. As assinaturas foram coletadas
entre os dias 1 e 7 de setembro pelo movimento “Plebiscito
Constituinte”, com a adesão de cerca de 480 entidades e movimentos
sociais. De um total de 7.754.436 participantes, 97,05% foram favoráveis
à mudança das regras eleitorais em vigor.
Sobre o assunto, a presidenta reforçou a importância da participação
do povo brasileiro em torno dessas reivindicações. “Não podemos achar
que o Congresso Nacional se autorreforma. Eu acho que nenhuma instância
se autorreforma sem a manifestação popular”, afirmou. No ano passado,
Dilma já havia proposto uma constituinte para a reforma política, mas
não teve apoio dos partidos e nem mesmo da comunidade jurídica, que
temia uma mudança mais ampla na atual Constituição.
Entre os pontos discutidos pelos manifestantes estão o financiamento
público de campanha, o sistema eleitoral (voto proporcional ou
distrital), a manutenção ou não da suplência para senador, o fim do voto
secreto em deliberações do Congresso e as coligações partidárias
proporcionais. No ato realizado ontem, em Brasília, a petista foi
ovacionada pela militância, que interrompeu o discurso várias vezes para
aplaudi-la.
Dilma aproveitou o evento para saudar a reeleição do presidente
boliviano Evo Morales e criticar a política externa defendida pelo
adversário Aécio Neves (PSDB), que, segundo ela, irá “voltar as costas”
para a América Latina e retomar a proposta da Área de Livre Comércio das
Américas (Alca).
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