O assoreamento tem aumentado devido à ação do homem,
sobretudo pelo desmatamento das matas ciliares. |
O assoreamento é um fenômeno que ocorre a partir de processos
erosivos, provocando a desagregação do solo e rochas e acúmulo dos
sedimentos no leito dos rios. Transportados pelas correntezas, esses
sedimentos causam obstruções no curso da água, dificultando a navegação.
Esse é um processo natural, tão velho quanto o planeta. No entanto, o
assoreamento tem sido intensificado graças à ação do homem, sobretudo
pelo desmatamento das matas ciliares.
A diminuição da vegetação nativa ribeirinha provoca a erosão do solo
nas margens dos rios. Esse volume de terra e areia acaba sendo
transportado pela correnteza e acumula-se no fundo do rio.
Além do desmatamento, a intensa exploração dos recursos hídricos, a
poluição e a emissão de gases do efeito estufa – que provocam mudanças
climáticas, aumentando a incidência de maremotos e furacões – também
contribuem para ao agravamento do problema.
As consequências deste fenômeno são sentidas não só pelas populações
ribeirinhas. O assoreamento de rios e lagos afeta a capacidade de
navegação e pode provocar enchentes urbanas, uma vez que as obstruções
causam desvios no curso d’água. Soma-se a isso a perda de vegetação
subaquática e das condições de habitat para os peixes, dificultando sua
reprodução.
Para combater o assoreamento, a conservação e recuperação da mata
ciliar são fundamentais. Por este motivo, o novo Código Florestal,
aprovado em 2012, denomina estes locais como “áreas de preservação permanente”
e determina uma extensão mínima – que pode variar de 30 a 500 metros,
dependendo do tamanho da propriedade – de mata ciliar que deve ser
mantida nas margens de um rio.
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