quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Violência >> Charges do profeta Maomé podem ter motivado ataque



O mundo foi surpreendido por um novo suposto ataque terrorista. Por volta das 11h30 em Paris (8h30 em Brasília), a redação do jornal francês satírico Charlie Hebdo foi invadida por, de acordo com a Polícia local, três pessoas encapuzadas e fortemente armadas. 

O trio chegou atirando em alguns funcionários causando a morte de 10 deles e outros dois policiais, além de deixarem pelo menos 11 pessoas feridas. Testemunhas contaram que os agressores chamaram pelo nome alguns vitimas.

Conhecido por publicar charges do profeta Maomé, esse pode ter sido o motivo para o ataque.

O noticiário já havia causou polêmica no ano de 2006 quando decidiu republicar charges do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten. 

Já no ano de 2011 a sede do jornal foi destruída em um incêndio de origem criminosa logo após a publicação de um número especial sobre a vitória do partido islâmico Ennahda na Tunísia, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”. 

Fatores esses que fortalecem a teoria de terrorismo. Porém, até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. Segundo testemunhas, os agressores gritaram “vingamos o profeta”.
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Vítimas
Entre as vítimas mortas durante o ataque está o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, de 47 anos. Stéphane Charbonnier havia publicado recentemente o último número da Charlie Hebdo. No desenho, a frase “Ainda não houve atentado na França”, seguida da figura de um extremista com uma metralhadora nas costas dizendo “Espere! Temos até o fim de janeiro para fazer nossos votos”.

Repercussão
Diante do episódio vários líderes de países condenaram o ataque. A presidente Dilma lamentou o ocorrido. Em nota oficial, a petista lamentou o ocorrido classificado por ela como "Sangrento e intolerável'.

Ainda segunda a presidente, "esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa".

O Vaticano também externou insatisfação pelo episódio.  Em entrevista a jornalistas locais, o vice-diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, padre Ciro Benedettini, disse que a liberdade de imprensa é tão importante quanto a religiosa.

Seguindo a linha de indignação, o presidente da França, François Hollande em discurso classificado como nacionalista, disse que a melhor “arma” do país para vencer o terrorismo é sua unidade.  “A França é grande e capaz de enfrentar desafios. A França sempre venceu seus inimigos usado seus valores”, destacou.

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