sábado, 12 de maio de 2012

Governo Dilma institui a Comissão da Verdade

“Mulheres e homens que têm profundo senso de justiça, conhecimento e amor pelo Brasil”, diz secretário geral da CNBB sobre Comissão da Verdade

domleonardocomissodaverdade2012Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, elogiou a presidente Dilma Rousseff pela nomeação, nesta quinta-feira, 10 de maio, das pessoas que vão compor a Comissão da Verdade: “a presidente nomeou um grupo de grande valor ético, moral e de conhecedores da nossa história”.

A Comissão da Verdade terá o período de trabalho estipulado em dois anos e, depois disso, deverá oferecer conclusões para ajudar no esclarecimento do que ocorreu de crimes praticados na área dos humanos praticados entre 1946 e 1988. Nesse trabalho, terá especial destaque os acontecimentos a partir de 1964, quando começou a série de governos militares no chamado tempo da ditadura.

Duas mulheres e cinco homens compõem a Comissão: Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada com especialização na defesa de crimes políticos; Maria Rita Khel, psicanalista e escritora; José Paulo Cavalcanti Filho, jurista, consultor da Unesco e do Banco Mundial; Cláudio Fonteles,  ex-procurador-geral da República;, Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça;  José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça;  Paulo Sérgio Pinheiro, cientista político.

O secretário lembrou que a Comissão tem importância “não somente para resgatar o passado, mas para fazer memória do passado. Olhar para o passado e aprender com ele”.  A respeito da preocupação de que o trabalho seja “revanchista”, dom Leonardo disse: “não creio que esses nomes escolhidos tenham esse tipo de índole. São pessoas de grande valor moral e isso assegura que não conduzirão os trabalhos para esse fim”.

Dom Leonardo também considerou que o tempo disponível para os trabalhos da Comissão é bastante escasso e os membros nomeados pela presidente precisarão de todo o apoio do para realizarem um trabalho com profundo empenho: “esperamos que eles tenham recursos e assessores necessários para realizarem os trabalhos”.

“A CNBB”, disse dom Leonardo, “sentiu que os nomes escolhidos são de pessoas que têm grande amor pelo Brasil  e, por isso mesmo, a Comissão primará pela elucidação dos fatos e pela reconciliação com nosso passado”.

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