quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Petistas e aliados fazem ato na Câmara em 'defesa' de Lula

Agência Estado - Dezenas de deputados do PT e representantes de partidos aliados fizeram um ato na Câmara em "defesa" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação ocorre um dia após a conclusão do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é também uma resposta às acusações feitas pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza em depoimento ao Ministério Público Federal, revelado com exclusividade pelo jornal O Estado de S.Paulo. Valério afirmou que o ex-presidente deu o "OK" para o mensalão e teve despesas pessoais pagas pelo esquema.
 
Convocado pelo líder petista, Jilmar Tatto (SP), o evento contou com a presença do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), do líder do governo Dilma, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do líder peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), favorito na disputa pela sucessão de Maia. O futuro líder da bancada, José Guimarães (PT-CE), irmão do condenado José Genoino, discursou. Absolvido pelo Supremo, o ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA) esteve presente, mas não falou.
 
Chinaglia fez um dos discursos mais fortes. "Lula é um baluarte do povo brasileiro. Lula é o maior presidente do Brasil", disse. O líder de Dilma afirmou que o ex-presidente poderia ter continuado a ocupar o cargo, se quisesse. "Sabemos que ele de maneira sóbria e elegante teve a atitude de lutar com aqueles companheiros que queriam que ele tivesse mais um ou dois mandatos consecutivos".
 
O presidente da Câmara afirmou que Lula melhorou a imagem do Brasil no exterior e atacou as críticas. "Aqueles que acusam Lula, aqueles que maculam a imagem de Lula não sabem o que é passar fome, não sabem o que é trabalhar 24 horas por dia, não sabem o que é não ter luz elétrica, não ter como responder a um pedido do filho, não conhecem a vida dura do trabalhador".
 
Favorito para suceder Maia no próximo ano, o líder do PMDB fez um discurso rápido. "O presidente Lula é um patrimônio do País, o que ele fez mudou a história do País. Por isso a minha posição é de respeito ao, talvez, maior presidente da história do Brasil", afirmou Henrique Eduardo Alves.
 
Um dos raros a fazer ataques ao Supremo foi o secretário de comunicação do PT, André Vargas (PR). "Setores da mídia, do Judiciário e ministros do Supremo querem apagar o processo de transformação do País que começou com o presidente Lula e continua com Dilma. Atacar Lula é atacar a democracia". O ato contou com a presença de políticos de PSB, PP, PTB, PR, PV, PCdoB, entre outros. Para Tatto, a manifestação foi um "ato simples, singelo, verdadeiro e de coração".

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