O procurador-geral de justiça Rinaldo Reis alertou o secretário
estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Luciano Cavalcanti
Xavier, sobre a necessidade de R$ 22 milhões na construção de aterros
sanitários nas regiões do Seridó e Alto Oeste do Estado. O procurador
externou preocupação pelo fato de que os recursos podem ser devolvidos à
Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) até o dia 30 de dezembro próximo se
os projetos relacionados aos aterros e as suas respectivas licenças
ambientais não sejam apresentados. A licença ambiental de instalação
será expedida mediante Estudo de Impacto/Relatório de Impacto Ambiental.
Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa do
Ministério Público do Rio Grande do Norte, o Governo teria de dispor em
torno de R$ 500 mil e mais R$ 2.200.000 para a realização desse estudo,
na contrapartida para receber os R$ 22 milhões do convênio com a Funasa.
Ainda segundo a assessoria de comunicação, o secretário da Semarh,
Luciano Cavalcanti Xavier disse que os estudos podem não se viabilizar
por conta da situação financeira em que o Estado se encontra. Ele disse
que conversaria com a governadora Rosalba Ciarlini para tentar uma saída
que evite a devolução dos recursos.
A promotora de justiça Fernanda Bezerra, que acompanhou o
procurador-geral de justiça na audiência com o secretário do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos, disse que os R$ 22 milhões do convênio
com a Funasa serão destinados à construção dos aterros sanitários e
estações de transbordo que beneficiarão 68 municípios do Rio Grande do
Norte. Desses, 43 estão no Alto Oeste e 23 no Seridó.
A erradicação dos lixões é uma exigência da lei que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305/2010). A lei determina que
todas as cidades brasileiras fechem seus lixões e deem destinação final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
No último dia 12, prefeitos da região Agreste/Trairi, convocados pela
Associação dos Municípios do Litoral Agreste Potiguar, se reuniram com
Rinaldo Reis e com a coordenadora do Caop Meio Ambiente, promotora
Fernanda Bezerra Guerreiro Lobo, para discutir o cumprimento da lei da
política nacional de resíduos sólidos.
A audiência foi solicitada pela Amlap, que agrega 32 municípios. A
Associação formou um consórcio desses municípios que irão destinar os
seus resíduos para o aterro sanitário da região metropolitana de Natal,
localizado em Ceará-Mirim, através das cinco estações de transbordo que
funcionarão como pontos físicos em comum de recolhimento do lixo gerado.
(Com informações do MPRN).
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