Na tarde desta quinta-feira, 11, a delegação dos povos Canela-Memortumré e Canela-Apãnjekra, que está na Capital Federal está semana, realizaram uma visita no Supremo Tribunal Federal (STF) para a entrega de memoriais referente as demarcação do território.
Vinda do Maranhão, a delegação é composta por mais de 25 pessoas entre crianças, adultos e anciãos e tem como objetivo denunciar a invasão de seu território, o desmatamento e o avanço da rodovia dentro da terra indígena.
O cacique da Terra Indígena Porquinhos dos Canela-Apãnjekra, Valdemir Kuvenecanela fala como foram as agendas da delegação nesta tarde e reforça a necessidade da demarcação do território ser realizada logo.
O Parecer Antidemarcação da AGU, - como ficou popular entre indígenas e apoiadores da causa -, foi publicado em julho de 2017 durante o governo Temer e transforma em regra a tese político-jurídica do Marco Temporal – segundo a qual só poderiam ser demarcadas as terras que estivessem sob posse das comunidades indígenas na data de 5 de outubro de 1988 – legalizando e legitimando as violações que historicamente os povos indígenas tem sido submetidos.
Na oportunidade os indígenas protocolaram o documento com o pedido e foram recebidos pelo Chefe de Gabinete do Advogado-Geral da União, Rodrigo Sorrenti Hauer Vieira, à quem realizaram uma série de denúncias de como esta medida adotada pela AGU e pelo governo Temer tem paralisados as demarcações das terras indígenas no Brasil e como tem restringido o direito dos povos tradicionais à Terra.
A delegação está na Capital Federal nessa semana (8 à 12 de abril) com objetivo denunciar a invasão de seu território, o desmatamento e o avanço da rodovia dentro da terra indígena.
Abaixo mais imagens desse evento:
Fonte: Página do Conselho Indigenista Missionário - Cimi no Facebook
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