A crise dentro do Ministério da Educação trouxe um novo capítulo nestes últimos dois dias da semana. Após a demissão do assessor especial e do chefe de gabinete, nesta quinta-feira (04), o próprio presidente Jair Bolsonaro deu indicações, na manhã de hoje, que o ministro Ricardo Vélez pode ser exonerado nos próximos dias.
“Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. É uma pessoa honrada, mas está faltando gestão. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta”, disse Bolsonaro, nesta sexta-feira (05), em café da manhã com jornalistas.
A referência do mandatário é que o “namoro” com o ministro precisa ter um fim: seja para consolidar uma definição alinhada ao governo de Bolsonaro no Ministério da Educação, seja para demitir o ministro. Mas o mandatário ainda deu indicações de que essa decisão já foi tomada e que o país receberá a notícia logo no início da próxima semana.
Nesta quinta (04), a Casa Civil publicou as exonerações do assessor especial de Vélez, Bruno Meirelles Garschagen, importante nome do ministro dentro dos poucos que ainda se mantinham no MEC. A sua saída já havia sido anunciada. Junto com ele, também foi demitida a chefe de gabinete de Vélez, Josie Priscila Pereira de Jesus.
Priscila assumiu o posto há pouco tempo, em março, após a demissão de Tiago Tondinelli, uma das diversas trocas feitas no MEC desde que Bolsonaro assumiu o poder e nomeou o ministro Ricardo Vélez. Desde janeiro, pelo menos 16 pessoas já foram demitidas e substituídas da pasta.
No lugar da chefe de gabinete foi nomeado um militar: o recado claro de parte das pressões que ocorrem dentro do MEC, entre olavistas e militares. Ficará a cargo do importante posto o coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, Marcos de Araújo. Ele também já foi subcomandante geral da PM-DF em 2016.
No lugar de Garshchegen, ainda não foi divulgado o nome que irá substituir o assessor especial.
Enquanto isso, com o anúncio de Bolsonaro de que deverá colocar um fim à gestão de Vélez no MEC, o próprio ministro já adiantou que não pretende deixar a cadeira. A próxima segunda-feira (08) foi apelidada pelo mandatário como “o dia do fico ou não fico”.
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