Foto: Divulgação
Fonte: Jornal Tribuna Norte
Fonte: Jornal Tribuna Norte
A
'Atlântida do Sertão', apelido carinhoso recebido pela cidade velha de
São Rafael por ter sido submersa no início da década de oitenta após a
construção da barragem de Armando Ribeiro Gonçalves, é a personagem
principal do livro "A lembrança que atraía o Sol", publicado pelo médico
aposentado D'Antônio Ferreira. Permeado pelo saudosismo, o autor reúne
escritos e imagens sobre suas lembranças - que perderam nitidez com o
desabamento da única referência que restava: a torre da antiga igreja,
que desmoronou em dezembro de 2010.
"A
lembrança que atraía o Sol" foi lançado em Natal no mês de março, e
sábado passado (28 de abril) foi apresentado na biblioteca pública da
nova São Rafael. "Chamo de livrinho de lembranças", disse Ferreira por
telefone ao VIVER. Ele contou que morava na rua bem onde o rio
Assu/Piranhas "encostava quando estava cheio". Editado pelo próprio
autor, o título traz uma série de pensamentos, causos crônicas e poemas
pueris que retratam personagens e paisagens gravadas na memória. "Com a
desabamento da torre da antiga igreja perdemos mais que uma atração
turística, perdemos um pouco mais da nossa história e da nossa
identidade", acredita o médico aposentado.
Aos 73 anos, D'Antônio Ferreira contou que a igreja da nova São Rafael foi construída com as mesmas características da anterior "por exigência dos moradores, mas a torre ficou um pouco diferente". Ele já verificou com engenheiros do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), instituição responsável pela construção e operação da barragem, a possibilidade de reerguer a torre desmoronada. "Ela representava nossa lembrança e servia como referência para as futuras gerações", observa.
A cidade velha de São Rafael, localizada na região do Vale do Açu, precisou ser deslocada cerca de 3 km montanha acima, para dar lugar ao segundo maior reservatório de água construído pelo DNOCS no RN. A barragem foi erguida durante a seca de 1979-1983, e "durante as chuvas de 1984 já sangrou", lembrou.
Nas páginas finais, um memorial escrito pela filha Isana Alvares Ferreira seguido de fotografias históricas onde o autor descreve a paisagem e refaz os caminhos percorridos antes da inundação.
Em Natal, "A lembrança que atraía o Sol" está à venda na livraria Nobel Salgado Filho (em frente ao Hospital Walfredo Gurgel) e em São Rafael "é só procurar informações na biblioteca municipal que informam onde encontrar" - com 162 páginas, o livro custa R$ 20 na capital e R$ 15 no município que inspirou a publicação.
Aos 73 anos, D'Antônio Ferreira contou que a igreja da nova São Rafael foi construída com as mesmas características da anterior "por exigência dos moradores, mas a torre ficou um pouco diferente". Ele já verificou com engenheiros do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), instituição responsável pela construção e operação da barragem, a possibilidade de reerguer a torre desmoronada. "Ela representava nossa lembrança e servia como referência para as futuras gerações", observa.
A cidade velha de São Rafael, localizada na região do Vale do Açu, precisou ser deslocada cerca de 3 km montanha acima, para dar lugar ao segundo maior reservatório de água construído pelo DNOCS no RN. A barragem foi erguida durante a seca de 1979-1983, e "durante as chuvas de 1984 já sangrou", lembrou.
Nas páginas finais, um memorial escrito pela filha Isana Alvares Ferreira seguido de fotografias históricas onde o autor descreve a paisagem e refaz os caminhos percorridos antes da inundação.
Em Natal, "A lembrança que atraía o Sol" está à venda na livraria Nobel Salgado Filho (em frente ao Hospital Walfredo Gurgel) e em São Rafael "é só procurar informações na biblioteca municipal que informam onde encontrar" - com 162 páginas, o livro custa R$ 20 na capital e R$ 15 no município que inspirou a publicação.
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