quinta-feira, 26 de junho de 2014

Política estadual >> Revista Veja aponta dificuldades do governadorável Henrique Alves

Henrique Eduardo Alves corre risco de sofrer decepção em disputa majoritária.
Henrique Eduardo Alves corre risco de sofrer decepção em disputa majoritária.
“O jogo parecia ganho para Henrique Eduardo Alves no Rio Grande do Norte, mas as coisas pioraram muito”, diz nota incluída na seção Holofote e assinada pelo jornalista Ricardo Sett.

Mesmo com ampla estrutura política em seu favor, a pré-candidatura do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) começa a ser vista como arriscada por observadores externos da política norte-rio-grandense.

De acordo com informação publicada na versão impressa da revista semana Veja, “O jogo parecia ganho para Henrique Eduardo Alves no Rio Grande do Norte, mas as coisas pioraram muito”.

A nota incluída na seção Holofote e assinada pelo jornalista Ricardo Setti, enfoca os problemas que estão surgindo para o pré-candidato do Partido do Movimento Democrático Brasileiro ao Governo do Estado.

Ricardo Setti explica que, ao se apresentar como postulante à chefia do Poder Executivo do Rio Grande do Norte, o atual presidente da Câmara dos Deputados ignorou os alertas que foram feitos pelos seus aliados, quanto aos riscos de uma eleição majoritária, sobretudo a tentativa de disputar o pleito de outubro próximo sem a existência de concorrentes.

“Quando desistiu de uma reeleição tranquila à presidência da Câmara para disputar o Governo do Rio Grande do Norte, o peemedebista Henrique Alves reagiu à incredulidade de seus aliados dizendo que a campanha seria barbada. Ele enfrentaria só um adversário forte, contaria com o apoio de 20 partidos e abriria o palanque para os três principais concorrentes ao Palácio do Planalto”, informou o jornalista da revista semanal Veja.

De acordo com Ricardo Setti, em três meses, a situação do pré-candidato ao Governo do Estado pelo PMDB sofreu uma grande reviravolta política.

“Em três meses, a realidade se impôs”, observa o jornalista, acrescentando que existem sondagens eleitorais que apontam uma redução na diferença entre Henrique Eduardo Alves e o seu concorrente na disputa, o vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria que ocupa ainda a presidência do diretório estadual do Partido Social Democrático (PSD).

“As pesquisas de intenção de voto mostram que diminuiu a vantagem de Alves sobre o rival Robinson Faria (PSD). Para piorar, viu-se que é muito alta a rejeição a Alves até mesmo entre os eleitores de seus colegas de chapa. Findo o otimismo, começa o trabalho para reverter o quadro”, frisa.

HISTÓRICO
 O deputado federal Henrique Eduardo Alves, ao longo de sua trajetória política, apresentou dificuldades em eleições majoritárias. Em 1988, quando disputou pela primeira vez a Prefeitura de Natal contra a então deputada federal constituinte Wilma de Faria (PSB).

Na eleição seguinte, em 1992, o presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro tentou novamente conquistar a chefia do Poder Executivo da capital do Estado. O concorrente era um ilustre desconhecido da política potiguar, o engenheiro sanitarista Aldo Tinoco, indicado pela então prefeita Wilma de Faria para sucedê-lo. Henrique Eduardo Alves foi novamente derrotado na disputa pela Prefeitura de Natal.

Ele manteve um jejum de dez anos sem intencionar concorrer a uma função executiva. Em 2002, gozando de alto prestígio na cena política nacional, o deputado federal Henrique Eduardo Alves foi apontado como o indicado do PMDB para compor chapa com o então presidenciável José Serra (PSDB). O parlamentar peemedebista já se apresentava como pré-candidato à vice-presidente da República, quando às vésperas do anúncio oficial, um escândalo de proporções internacionais resultou na sua exclusão do processo. Ele foi acusado por uma de sua ex-esposas de manter contar com paraísos fiscais. Mesmo sem conseguir explicar com exatidão as denúncias, preferiu tentar retornar à Câmara dos Deputados.

O receio de Henrique Eduardo Alves em disputar cargos majoritários se evidenciou a partir da ruptura com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no ano passado. A decisão do partido foi conjugada com o anúncio de que, depois de anos, o PMDB disputaria o Governo do Estado. A imensa maioria dos peemedebistas defendia a candidatura de Henrique, mas, na tentativa de se furtar, apresentou o nome do ex-senador Fernando Bezerra que estava fora da política há vários anos.

Fonte: http://gazetadooeste.com.br/revista-aponta-dificuldades-de-henrique/

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