Henrique Eduardo Alves corre risco de sofrer decepção em disputa majoritária. |
“O jogo parecia ganho para Henrique Eduardo Alves no
Rio Grande do Norte, mas as coisas pioraram muito”, diz nota incluída na
seção Holofote e assinada pelo jornalista Ricardo Sett.
Mesmo com ampla estrutura política em seu favor, a pré-candidatura do
deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) começa a ser vista como
arriscada por observadores externos da política norte-rio-grandense.
De acordo com informação publicada na versão impressa da revista
semana Veja, “O jogo parecia ganho para Henrique Eduardo Alves no Rio
Grande do Norte, mas as coisas pioraram muito”.
A nota incluída na seção Holofote e assinada pelo jornalista Ricardo
Setti, enfoca os problemas que estão surgindo para o pré-candidato do
Partido do Movimento Democrático Brasileiro ao Governo do Estado.
Ricardo Setti explica que, ao se apresentar como postulante à chefia
do Poder Executivo do Rio Grande do Norte, o atual presidente da Câmara
dos Deputados ignorou os alertas que foram feitos pelos seus aliados,
quanto aos riscos de uma eleição majoritária, sobretudo a tentativa de
disputar o pleito de outubro próximo sem a existência de concorrentes.
“Quando desistiu de uma reeleição tranquila à presidência da Câmara
para disputar o Governo do Rio Grande do Norte, o peemedebista Henrique
Alves reagiu à incredulidade de seus aliados dizendo que a campanha
seria barbada. Ele enfrentaria só um adversário forte, contaria com o
apoio de 20 partidos e abriria o palanque para os três principais
concorrentes ao Palácio do Planalto”, informou o jornalista da revista
semanal Veja.
De acordo com Ricardo Setti, em três meses, a situação do
pré-candidato ao Governo do Estado pelo PMDB sofreu uma grande
reviravolta política.
“Em três meses, a realidade se impôs”, observa o jornalista,
acrescentando que existem sondagens eleitorais que apontam uma redução
na diferença entre Henrique Eduardo Alves e o seu concorrente na
disputa, o vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria que
ocupa ainda a presidência do diretório estadual do Partido Social
Democrático (PSD).
“As pesquisas de intenção de voto mostram que diminuiu a vantagem de
Alves sobre o rival Robinson Faria (PSD). Para piorar, viu-se que é
muito alta a rejeição a Alves até mesmo entre os eleitores de seus
colegas de chapa. Findo o otimismo, começa o trabalho para reverter o
quadro”, frisa.
HISTÓRICO
O deputado federal Henrique Eduardo Alves, ao longo de sua trajetória
política, apresentou dificuldades em eleições majoritárias. Em 1988,
quando disputou pela primeira vez a Prefeitura de Natal contra a então
deputada federal constituinte Wilma de Faria (PSB).
Na eleição seguinte, em 1992, o presidente do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro tentou novamente conquistar a chefia do Poder
Executivo da capital do Estado. O concorrente era um ilustre
desconhecido da política potiguar, o engenheiro sanitarista Aldo Tinoco,
indicado pela então prefeita Wilma de Faria para sucedê-lo. Henrique
Eduardo Alves foi novamente derrotado na disputa pela Prefeitura de
Natal.
Ele manteve um jejum de dez anos sem intencionar concorrer a uma
função executiva. Em 2002, gozando de alto prestígio na cena política
nacional, o deputado federal Henrique Eduardo Alves foi apontado como o
indicado do PMDB para compor chapa com o então presidenciável José Serra
(PSDB). O parlamentar peemedebista já se apresentava como pré-candidato
à vice-presidente da República, quando às vésperas do anúncio oficial,
um escândalo de proporções internacionais resultou na sua exclusão do
processo. Ele foi acusado por uma de sua ex-esposas de manter contar com
paraísos fiscais. Mesmo sem conseguir explicar com exatidão as
denúncias, preferiu tentar retornar à Câmara dos Deputados.
O receio de Henrique Eduardo Alves em disputar cargos majoritários se
evidenciou a partir da ruptura com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM)
no ano passado. A decisão do partido foi conjugada com o anúncio de
que, depois de anos, o PMDB disputaria o Governo do Estado. A imensa
maioria dos peemedebistas defendia a candidatura de Henrique, mas, na
tentativa de se furtar, apresentou o nome do ex-senador Fernando Bezerra
que estava fora da política há vários anos.
Fonte: http://gazetadooeste.com.br/
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