segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Avanço Social >> Plano Brasil Sem Miséria- BSM reduz extrema pobreza no RN

Rosemeyre Rodrigues é beneficiária do Crediamigo e já assinou três empréstimos com o BNB para fortalecer seu negócio próprio
Nos últimos dois anos, mais de 620 mil pessoas deixaram a extrema pobreza no Rio Grande do Norte. A informação é do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) ao avaliar os avanços do plano Brasil Sem Miséria (BSM) no Estado. Apesar do resultado positivo, a titular da pasta, ministra Tereza Campello, afirma que há muitos desafios até conseguir extirpar definitivamente a miséria no país. “Miséria não é apenas questão de dinheiro no bolso. Há outros elementos que precisam de atenção”, explica.

O BSM foi lançado em junho de 2011 pelo o Governo Federal com o objetivo de superar a extrema pobreza até o final deste ano, ou seja, em pouco mais de três anos. O plano pode ser entendido como um desdobramento do programa “Bolsa Família” e está organizado em três eixos: garantia de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva.

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Para a ministra, o BSM registrou avanços significativos, mas ainda há grandes desafios, como ampliar o acesso da população mais vulnerável aos serviços públicos e aumentar a oferta de cursos de qualificação profissional. “O Plano Brasil Sem Miséria já mantém 22 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza”, diz.

Com o plano, o beneficiado do Bolsa Família passou a receber conforme a intensidade da pobreza de cada família: quanto menor a renda, maior o valor pago. Em média, o pagamento feito às famílias extremamente pobres aumentou 102%. “Saltamos de R$ 107, que era o valor repassado pelo governo federal às famílias antes do BSM para R$ 216”, explica Campello. “Com a mudança, os beneficiários que ainda viviam em piores situações superaram a linha da extrema pobreza, que é de R$ 70 mensais. É possível dizer que isso significa o fim da miséria, do ponto de vista da renda, no público do  Bolsa Família”.
No Rio Grande do Norte, a transferência de renda pelo governo federal mantém, segundo o MDS, mais de 620 mil pessoas fora da linha da extrema pobreza. A ministra destaca que esse número é possível graças a parcerias com o governo do Estado e com Municípios. “A cooperação entre os governos Federal e Estadual, junto com as prefeituras, está mudando a realidade e melhorando aos poucos a qualidade de vida dos potiguares, mas ainda temos muito o que fazer”, ressalta.

Em 2013, as transferências do Bolsa Família somaram R$ 24,9 bilhões em todo o país. “No Rio Grande do Norte, o total pago chegou a quase R$ 638 milhões no ano passado”, comenta a ministra. Ela avalia que a transferência de recursos federais para as famílias mais pobres beneficia não apenas os participantes do programa, mas ajudou a dinamizar toda a economia local. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cada R$ 1 investido no programa estimula um crescimento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB).

Tereza Campello destaca ainda que a ferramenta que vem permitindo ao BSM chegar ao seu público-alvo em todo o país é o Cadastro Único dos Programas Sociais do governo federal. Nele estão registradas informações sobre as famílias mais pobres do Brasil, permitindo ao poder público incluí-las em iniciativas municipais, estaduais e federais. Atualmente, 14,1 milhões de famílias, quase 50 milhões de pessoas, são atendidas pelo Bolsa Família.

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