Para os especialistas, a barragem de Oiticica é importante para barrar o volume de água que vem carreado da Paraíba
O Diário Oficial do Estado publica na quinta-feira decreto criando
o grupo de trabalho que acompanhará a relocação das famílias residentes
em Barra de Santana, na zona rural de Jucurutu, que serão inundadas
para a construção da barragem de Oiticica.
Há duas semanas, a governadora Rosalba Ciarlini se reuniu com um
grupo de moradores de Barra de Santana para debater a transferência
deles e também para desfazer boatos que circularam na região sobre a
possibilidade de um calote nas indenizações.
Rosalba disse a um grupo de 150 pessoas que os recursos para as
indenizações das famílias já estão assegurados no Orçamento do Estado
para este ano e se comprometeu a respeitar o desejo da maioria deles de
se mudar para o Alto do Paiol, a nova região escolhida.
Havia receio de que os moradores paralizassem a obra com previsão de
entrega em outubro de 2015 e tem 10% do cronograma concluído. Na
ocasião, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Leonardo Rêgo,
lembrou que o processo de recenseamento das 77 famílias de Barra de
Santana está concluído desde o final de dezembro do ano passado, 30 dias
antes do previsto. E que existem por volta de 70 laudos prontos para
dar início ao processo de indenização por parte do Governo do Estado.
O decreto publicado hoje cumpre na prática a principal promessa de
Rosalba aos moradores daquela região: nomear a comissão formada por
representantes do Governo, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Líderes
Comunitários, Igreja Católica e um engenheiro indicado pela Prefeitura
de Jucurutu.
O passo seguinte será apresentar, até janeiro do ano que vem, um
estudo completo da área conhecida como Alto do Paiol, para onde os
moradores de Barra de Santana vão ser transferidos e elaborar para lá um
projeto urbano da nova comunidade. A entrega das casas – por esse
planejamento – ficará para abril de 2015 – na teroria, seis meses antes
da conclusão da obra da Barragem de Oiticica.
A barragem de Oiticica, a ser construída no leito do rio
Piranhas-Açu, entre os municípios de Caicó e Jucurutu, é mais outro dos
velhos sonhos do Estado como forma de minimizar os eternos problemas
hídricos.
O valor total da obra é de R$ 311 milhões, dos quais R$ 292 milhões
virão do Governo Federal e R$ 19 milhões do Governo do Estado. A
capacidade é de 556 bilhões de litros de água e, quando estiver cheia,
beneficiará diretamente 500 mil pessoas de 17 municípios das regiões
Central, Seridó e Vale do Açu.
Para os especialistas, a barragem de Oiticica é importante para
barrar o volume de água que vem carreado da Paraíba, onde nasce o rio
Piranhas-Açu. Sua construção vem sendo defendida há anos por lideranças
políticas como forma, inclusive, de conter os efeitos das inundações,
coisa que não vem acontecendo nos últimos três anos.
Fonte: Jornal de Hoje
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