DIFERENTEMENTE DO QUE É MOSTRADA NA GRANDE MÍDIA...
Fonte: Brasil 247
Fonte: Brasil 247
Atualmente, o setor emprega por volta de 78 mil
pessoas nos estaleiros em operação. Mas nos próximos dois anos, outros
quatro estaleiros entrarão em operação: Jurong Aracruz (ES); Enseada
(BA); EBR (RS); e CMO (PE), o que aumentará a oferta de mão de obra
Rio de Janeiro - A indústria naval brasileira deverá
gerar 30 mil novos empregos nos próximos dois anos. A projeção é do
Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e
Offshore (Sinaval).
Atualmente, o setor emprega por volta de 78 mil pessoas nos
estaleiros em operação. Mas nos próximos dois anos, outros quatro
estaleiros entrarão em operação: Jurong Aracruz (ES); Enseada (BA); EBR
(RS); e CMO (PE), o que aumentará a oferta de mão de obra.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do
Sinaval, Ariovaldo Rocha, disse que o setor prevê para os próximos dez
anos “uma demanda firme e continuada por navios e plataformas de
petróleo” no país. Segundo ele, o Sinaval aguarda a divulgação do Plano
de Negócios da Petrobras 2014-2018 que, em sua opinião, deverá “trazer
uma nova perspectiva de encomendas de plataformas em função do leilão do
Campo de Libra, feito no ano passado, pela Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“As reservas existentes no Campo de Libra devem provocar uma revisão
para cima das previsões de demanda de plataformas, de navios de apoio
marítimo e de navios petroleiros”, disse Ariovaldo Rocha.
No entendimento do presidente do Sinaval, a fase atual de expansão da
construção naval brasileira decorre da decisão política do governo
brasileiro de que as reservas offshore de petróleo descobertas
no país deveriam reverter em benefício à sociedade, com a geração de
emprego e o desenvolvimento de um novo setor produtivo.
Aliado a isso, houve, segundo o Sinaval, o reconhecimento da
Petrobras que a exploração de petróleo em águas cada vez mais profundas
criava a demanda por navios de apoio e de plataformas com nova
tecnologia.
“Como os estaleiros internacionais estavam com dificuldades para
atender novas demandas e a frota de petroleiros da companhia para o
transporte de petróleo e derivados era composta por navios com idade
acima de 20 anos de uso, houve o entendimento que era necessário
renová-la”, ressaltou o presidente do Sinaval.
Apesar dos avanços, Rocha avalia que a construção naval brasileira
ainda é “modesta” no cenário mundial. “Estamos construindo cerca de 370
navios, incluindo 14 plataformas de petróleo e 28 navios-sonda. Estão em
construção, no Brasil, cerca de 6 milhões de toneladas de porte bruto.
No mundo, estão em construção mais de 140 milhões de toneladas de porte
bruto, em 4.800 empreendimentos”.
Para ele, o projeto do governo é muito claro: utilizar a capacidade
de compra, decorrente dos investimentos na expansão da produção de
petróleo e gás, para criar um novo segmento industrial capaz de gerar
empregos, formar pessoal e distribuir renda na rede de fornecedores.
“Para isso, [o governo] implantou a regra do conteúdo local, que
prevê a substituição competitiva das importações de sistemas e
equipamentos, fortalecendo empresas locais e atraindo empresas
internacionais para investir no Brasil e construir aqui suas unidades
industriais”, disse o presidente do Sinaval.
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