segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O caminho das casas >>Troca-troca partidário esquenta briga entre as legendas por cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal


 

Naturalmente, o xadrez político de uma grande eleição – como a marcada para outubro deste ano – é complicado. À medida que se aproxima a ida às urnas, as conversas e movimentações ficam mais quentes.

Além das chamadas chapas majoritárias, as formações de alianças para a eleição proporcional apontam também para fazer suprir as pretensões partidárias de alcançar mais espaço nas casas legislativas – ou mesmo mantê-lo.

Atualmente, após os arranjos de trocas de partidos, seis legendas possuem representantes na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do RN (AL-RN): PMDB, PR, PT, DEM, PSD e PSB (confira quadro). Com exceção de Fátima Bezerra, que tem pretensões ao Senado Federal, todos devem lutar para manter os espaços conquistados há quatro anos e conseguir ainda mais mandatos.

E a “luta” nas urnas pelos espaços promete ser interessante com a entrada de uma nova força no quadro. O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) surgiu no ano passado e já carrega cinco mandatos na Assembleia e as presidências do legislativo estadual e de Natal.

O plano do partido é de entrar no “clube da dobradinha”, conseguindo no mínimo um mandato federal. A maior aposta para conquistar o espaço é o vereador de Natal Rafael Motta, presidente estadual do Pros, que já é tido como candidato certo em outubro.

Já para a Assembleia Legislativa, além de renovar os mandatos do presidente da casa Ricardo Motta, Gustavo Carvalho, Vivaldo Costa, Gilson Moura e Raimundo Fernandes, a expectativa é de cavar mais duas vagas no palácio José Augusto, com as candidaturas do vereador por Natal e presidente da Câmara Municipal Albert Dickson e o prefeito de Assu Ivan Júnior.

Com três mandatos no RN – Larissa Rosado, Márcia Maia e Tomba Farias – e um em Brasília – Sandra Rosado –, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), assim como os outros, pretende fincar pé para avançar posição. E para isso, na visão de Sandra, conta com um importante trunfo nas mãos: a ex-governadora Wilma de Faria.

Apontada como pré-candidata em várias posições, a vice-prefeita de Natal é considerada pela deputada federal o quadro mais importante que o partido pode ter para disputar as eleições deste ano.

“É possível que a ex-governadora Wilma de Faria seja candidata à Câmara dos Deputados. Ou mesmo ao Senado Federal. Ela está aparecendo muito bem nas pesquisas e tem as condições de fazer o PSB ganhar mais uma vaga”, afirma Sandra, que anunciou que vai concorrer à reeleição.
Ela advoga que o PSB ainda deve buscar mais espaço no plano local. “Eu defendo que o partido vá atrás de aumentar sua participação dentro do Rio Grande do Norte, tanto na Assembleia como na chapa majoritária. Temos como fazer isso”, aponta Rosado.
Ao longo do período da legislatura atual o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) já teve representações nas duas casas legislativas. Atualmente, não tem nenhuma.

Rogério Marinho, suplente na Câmara, chegou a assumir o cargo por um tempo, mas terminou sendo substituído pelo titular da vaga, Betinho Rosado. E em janeiro de 2013, a própria Assembleia decretou a perda do mandato de Dibson Nasser, que foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do RN (TRE-RN) por abuso de poder político e econômico durante o pleito de 2010.

Agora em 2014, pelo menos no âmbito federal, o planejamento dos tucanos é reconquistar o espaço perdido. E a figura destacada para isso é – mais uma vez – o economista Rogério Marinho.

A nível estadual quem vem conduzindo os trabalhos de formação de nominata e composição de alianças é o pai de Rogério e presidente estadual do PSDB, o advogado Valério Marinho.

O ex-deputado federal deixou a titularidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) para se dedicar à política e também ao cargo de diretor do ABC Futebol Clube, para qual foi nomeado no início deste mês. “Sou pré-candidato a deputado federal. Agora que deixei a secretaria vou verificar a situação e começar os trabalhos”, disse Rogério.

O trabalho, segundo ele, já agora em janeiro será voltado para definir as chapas que o PSDB apresentará. “Vamos trabalhar a situação com relação aos candidatos. A ideia é buscar a coligação que esteja dentro da dimensão da necessidade do partido para alcançar o coeficiente eleitoral e eleger os seus candidatos. Temos que verificar qual é a melhor situação”, apontou o economista.

 DO NOVO JORNAL

Sem comentários:

Enviar um comentário