quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Mais de 1600 foram vítimas de acidentes com escorpiões

Entre janeiro e agosto deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte já registrou mais de 1.600 casos de acidentes com escorpiões. A invasão do habitat deste e de outros animais peçonhentos é um dos fatores do aumento da incidência deste tipo de ocorrência. Ao todo, os acidentes com os peçonhentos totalizam cerca de 15 mil casos no RN.

Os números servem como uma forma de alerta para a população. De acordo com Brito, técnico responsável pelo monitoramento dos animais peçonhentos da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (SUVAM), pequenos cuidados poderiam evitar a maior parte destes acidentes.

“Devido à grande especulação imobiliária no RN, esses animais estão migrando do seu habitat natural e vindo para os grandes centros urbanos, como Natal, Mossoró, Parnamirim, o que vem preocupando as autoridades de saúde, pois esse tipo de acidente já se configura com uma praga urbana nesses municípios”, alerta, o especialista, apontando medidas a serem adotadas para evitar acidentes com escorpiões e com os outros tipos de animais peçonhentos.

As pessoas devem evitar colocar as mãos em buracos no solo, troncos ou pedaços de madeira, e sempre utilizar luvas quando tais ações forem necessárias. Além disso, ao caminhar é importante utilizar calçados adequados, bem como, é recomendável evitar o acúmulo de materiais como entulhos e restos de construção, além de manter o jardim sempre aparado e bloquear ralos para dificultar o acesso à residência pelos escorpiões”, explica.

De acordo com a Sesap, de 2010 a agosto de 2013, um total de 15 mil pessoas foram vítimas de acidentes com animais peçonhentos no Estado.  Bem mais da metade, 10 mil casos, foram provocados por picada de escorpião.
As abelhas (1061 mil casos) e serpentes (1592 mil casos) dividem com os escorpiões o ranking de animais peçonhentos que provocam mais acidentes no Rio Grande do Norte.
Amauri Brito explica que a utilização de galinhas e de inseticidas no combate a esse tipo de animal peçonhento não é eficaz. A galinha tem hábitos diurnos, enquanto os escorpiões são noturnos.

Além disso, acrescenta o técnico, a ave não tem a força necessária para retirar os entulhos em que os escorpiões geralmente se escondem, elas apenas ciscam. Com relação aos inseticidas, o técnico explica que o escorpião não é um inseto. Por isso esse tipo de veneno se torna ineficaz.

Em caso de acidente, o usuário deve procurar o serviço de saúde mais próximo para uma avaliação médica, de preferência portando o animal, para que o profissional analise qual o tipo do escorpião agressor.
Dor intensa, sensação de ardência ou agulhadas, inflamação no local são alguns dos sintomas da picada de escorpião. Nos casos mais graves, pode acarretar o aumento da frequência cardíaca, suores, enjoos, dificuldade para respirar e queda de pressão. O uso de compressas mornas no local da picada ajuda a aliviar a dor.

Além dos escorpiões e serpentes, fazem parte do grupo de animais peçonhentos as aranhas, insetos do grupo das abelhas, maribondos, lagartas (taturana ou lagartas-de-fogo), alguns anfíbios como sapos e aquáticos do tipo arraias, bagres, peixe-pedra (niquim), águas-vivas e caravelas.

dúvida com relação à prevenção e cuidados com os acidentes com esse tipo de animal pode ser esclarecida com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do seu município.

Fonte: Jornal de Fato

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