Entre janeiro e agosto deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde 
Pública do Rio Grande do Norte já registrou mais de 1.600 casos de 
acidentes com escorpiões. A invasão do habitat deste e de outros animais
 peçonhentos é um dos fatores do aumento da incidência deste tipo de 
ocorrência. Ao todo, os acidentes com os peçonhentos totalizam cerca de 
15 mil casos no RN.
Os números servem como uma forma de alerta para a população. De acordo 
com Brito, técnico responsável pelo monitoramento dos animais 
peçonhentos da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (SUVAM), 
pequenos cuidados poderiam evitar a maior parte destes acidentes.
“Devido à grande especulação imobiliária no RN, esses animais estão 
migrando do seu habitat natural e vindo para os grandes centros urbanos,
 como Natal, Mossoró, Parnamirim, o que vem preocupando as autoridades 
de saúde, pois esse tipo de acidente já se configura com uma praga 
urbana nesses municípios”, alerta, o especialista, apontando medidas a 
serem adotadas para evitar acidentes com escorpiões e com os outros 
tipos de animais peçonhentos.
As pessoas devem evitar colocar as mãos em buracos no solo, troncos ou
 pedaços de madeira, e sempre utilizar luvas quando tais ações forem 
necessárias. Além disso, ao caminhar é importante utilizar calçados 
adequados, bem como, é recomendável evitar o acúmulo de materiais como 
entulhos e restos de construção, além de manter o jardim sempre aparado e
 bloquear ralos para dificultar o acesso à residência pelos escorpiões”,
 explica.
De acordo com a Sesap, de 2010 a agosto de 2013, um total de 15 mil 
pessoas foram vítimas de acidentes com animais peçonhentos no Estado.  
Bem mais da metade, 10 mil casos, foram provocados por picada de 
escorpião.
 Amauri Brito explica que a utilização de galinhas e de inseticidas no 
combate a esse tipo de animal peçonhento não é eficaz. A galinha tem 
hábitos diurnos, enquanto os escorpiões são noturnos.
Além disso, acrescenta o técnico, a ave não tem a força necessária para
 retirar os entulhos em que os escorpiões geralmente se escondem, elas 
apenas ciscam. Com relação aos inseticidas, o técnico explica que o 
escorpião não é um inseto. Por isso esse tipo de veneno se torna 
ineficaz.
Em caso de acidente, o usuário deve procurar o serviço de saúde mais 
próximo para uma avaliação médica, de preferência portando o animal, 
para que o profissional analise qual o tipo do escorpião agressor.
 Dor intensa, sensação de ardência ou agulhadas, inflamação no local são
 alguns dos sintomas da picada de escorpião. Nos casos mais graves, pode
 acarretar o aumento da frequência cardíaca, suores, enjoos, dificuldade
 para respirar e queda de pressão. O uso de compressas mornas no local 
da picada ajuda a aliviar a dor.
Além dos escorpiões e serpentes, fazem parte do grupo de animais 
peçonhentos as aranhas, insetos do grupo das abelhas, maribondos, 
lagartas (taturana ou lagartas-de-fogo), alguns anfíbios como sapos e 
aquáticos do tipo arraias, bagres, peixe-pedra (niquim), águas-vivas e 
caravelas.
dúvida com relação à prevenção e cuidados com os acidentes com
 esse tipo de animal pode ser esclarecida com o Centro de Controle de 
Zoonoses (CCZ) do seu município.
Fonte: Jornal de Fato 
 
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