No RN, o programa Água Azul é quem realiza esse monitoramento. Todas as sextas-feiras divulga o resultado em boletins no site do programa e envia para as canais de comunicação. A população fica avisada do status da água por meio das placas fixadas nas praias, que podem conter o aviso verde de próprio, ou vermelho, de impróprio.
Hoje, duas praias urbanas de Natal possuem a classificação como imprópria. Há três meses seguidos a Praia de Areia Preta está com a placa de impróprio, além disso, foi fixada uma nova placa com o aviso “Atenção: Praia interditada para banho devido as condições de balneabilidade, decorrente de lançamento de esgotos sanitários”. E com o selo do Governo do Estado, Idema e do Água Azul. O problema está bem ao lado. A Estação Elevatória do Relógio do Sol, que recebe e bombeia o esgoto do bairro de Mãe Luiza para o tratamento na Estação de Tratamento de Esgoto do Baldo, tem extravasado esgoto para a praia. Um registro alarmante. No boletim da penúltima semana de outubro do programa Água Viva, o índice foi quase o triplo do limite de próprio para o banho. Infelizmente, a recorrência de acontecimentos como esse tendem a continuar sem a fiscalização e falta de orientação da população.
De acordo com Leonardo Almeida, supervisor geral de fiscalização ambiental da Semurb, a equipe de fiscalização é insuficiente para a alta demanda do setor e não é possível montar uma nova operação hoje. “Não temos condições de fazermos uma operação hoje nas regiões de praia. Estamos sobrecarregados cumprindo acordos judiciais, termos de compromisso, determinações judiciais. Muita coisa para poucas pessoas”. Atualmente, o grupo é composto por 12 fiscais e 4 supervisores, um total de 16. O quadro original era composto por 24 profissionais.
Em registro da Semurb, o bairro de Mãe Luiza possui 4.070 domicílios, sendo 91,3% casas. Do total, 31,36% tem problemas com esgoto a céu aberto ou ligações incorretas na rede coletora. Já em Areia Preta, registra-se 1.160 domicílios, com 68,4% sendo casas. Do geral 11,94% tem complicações de água servida para a via pública. “Enquanto não for sanado a questão das ligações incorretas, não vai terminar esse problema”, sentencia.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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