O
suicídio é causa da morte de mais de um brasileiro por hora, nove
em cada dez casos poderiam ser evitados
Uma
história que se repete periodicamente – celebridades tiram a
própria vida, vítimas de depressão, álcool, drogas, dificuldade
em lidar com pressões sociais ou familiares ou mesmo com as mudanças
da vida.
É
possível mudar essa história? Sim, certamente, porque pelo menos
nove em cada dez suicídios poderiam ser prevenidos e o suicida pede
ajuda, ao contrário do que muitos acreditam. Mas para começar a
efetivar essa mudança é preciso falar no assunto.
O
tema suicídio está ausente nas conversas entre amigos, entre pais e
filhos, nas aulas escolares, nos consultórios médicos e nas páginas
dos jornais. O assunto só aparece quando uma celebridade comete o
suicídio e a polêmica se restringe ao fato em si, sem o devido
aprofundamento no que isso pode representar às nossas vidas –
somos nós ou as pessoas que nos cercam potenciais suicidas? Como
saber identificar, como prevenir e como pedir ajuda?
É
preciso quebrar o tabu do silêncio.
É
preciso provocar discussões saudáveis, entendendo que o problema
não se restringe aos famosos. Esse tipo de morte, ou tentativa,
acontece em qualquer família, em qualquer cidade, com pessoas de
qualquer idade. O Brasil tem visto um aumento preocupante nos índices
de suicídio entre jovens, uma idade na qual, pela lógica, as
pessoas sonham mais, são mais felizes e sentem-se menos
pressionadas.
O
CVV, entidade que atua na prevenção do suicídio há 52 anos,
convida a todos os brasileiros quebrarem esse silêncio no dia 10 de
setembro, Dia Internacional de Prevenção do Suicídio. Se alguns
começarem a falar, a trazer o tema à tona em seus círculos
profissionais e pessoais, podemos deixar de perder 25 brasileiros ao
dia vítimas dessas mortes. Brasileiros que viram na morte a única
saída, mas que poderiam ver a vida ainda como uma opção se
soubessem que há como pedir ajuda.
O
suicídio no Brasil
- No
Brasil, 25 pessoas morrem vítimas de suicídio por dia e ao menos
outras 50 tentam tirar a própria vida.
- No
mundo, uma pessoa se mata a cada 40 segundos.
-
Segundo pesquisa da Unicamp, 17% dos brasileiros pensaram seriamente
em cometer suicídio no decorrer de suas vidas.
- De
todos os casos, mais de 90% poderiam ser evitados.
-
Quem tenta suicídio pede ajuda.
Apesar
da seriedade do assunto, o suicídio ainda é um tabu na sociedade
brasileira o que dificulta a sua prevenção. O CVV acredita que uma
forma importante de se evitar novos casos é conversar sobre o
assunto para derrubar mitos e quebrar tabus.
Sobre
o CVV
O
CVV - Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962,
é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica,
reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta
serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as
pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de
um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.200
voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal, pelo telefone 141
(24 horas), pessoalmente (nos 68 postos de atendimento) ou pelo site
www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail.
É
associado ao Befrienders Worldwide (www.befrienders.org), entidade
que congrega as instituições congêneres de todo o mundo e foi
reconhecido pelo Ministério da Saúde como a melhor iniciativa não
governamental de prevenção ao suicídio no Brasil.
Posto
CVV/Natal
Tel:
(84) 3221-4111
E-mail:
natal@cvv.org.br
Rua
Vaz Gondin, 778 - Cidade Alta
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