sábado, 28 de dezembro de 2013

Jornal O Mossoroense >> Alzira Soriano dá nome à sede do Executivo municipal de Lajes

Foto: Prefeitura de Lajes iluminada nesta noite de Natal
Foto: Robson Oliveira
LAJES - A sede do Poder Executivo municipal da cidade de Lajes, região Central do Estado, está sendo oficialmente batizada. Através da Lei nº 594/2013, a estrutura onde a administração municipal está instalada passou a se chamar Palácio Alzira Soriano.

A homenageada foi a primeira prefeita eleita de toda a América Latina. Ela conquistou o mandato de prefeita de Lajes em 1928 com 60% dos votos válidos e foi tema de reportagem especial pelo jornal The New York Times, dos Estados Unidos. O periódico atribuiu a eleição da primeira mulher na América Latina à influência do movimento sufragista americano no Brasil. Seu nome completo era Luíza Alzira Soriano Teixeira.


Ela nasceu em 29 de abril de 1897, na cidade de Jardim de Angicos, falecendo nesta mesma cidade em 28 de maio de 1963. De acordo com registro do Wikipédia, Alzira Soriano disputou e venceu, em 1928, aos 32 anos, as eleições para prefeito de Lajes, pelo Partido Republicano.

Retrospecto mostra crescimento da mulher na política
O retrospecto mostra a eleição de mulheres para a ocupação de importantes cargos na recente história política do país. A primeira prefeita eleita para uma capital, Maria Luíza Fontenele, de Fortaleza, que tomou posse 57 anos depois de Alzira, em 1986.

Na época em que se candidatou, a prefeita passou por preconceitos e diversos tipos de insultos. De acordo com o livro "Dicionário das Mulheres do Brasil", ela ouviu ser prostituta quem entrava na política, pois mulher de família não poderia ser votada.

A administração da primeira prefeita do Brasil foi tida como competente e íntegra, resultando em construções de novas estradas: uma delas é a ligação entre Cachoeira do Sapo e Jardim de Angicos. Ela também fez escolas e cuidou da iluminação pública a motor.

RENÚNCIA
Alzira Soriano ficou apenas um ano no cargo, pelo então Partido Republicano. Em 1930, descontente com a eleição de Getúlio Vargas para a Presidência da República, ela deixou a função. Apenas dois anos depois disso, em 1932, mulheres conquistariam o direito de votar. Em 1947, voltou a exercer um mandato de vereadora do município de Jardim de Angicos, cargo para o qual foi eleita três vezes.

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