do R7, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu pronunciamento em homenagem
ao Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira (30), para reafirmar seu
compromisso com a política de valorização do salário-mínimo e criticar
os adversários que são contra a medida.
Durante a mensagem, Dilma afirmou que o reajuste do salário mínimo é o
que possibilita a redução da desigualdade no País e que não se abala com
as críticas de quem defende o arrocho salarial.
— Assumo o compromisso de continuar a política de valorização do
salário-mínimo. Algumas pessoas reclamam que o nosso salário-mínimo tem
crescido mais do que devia. Dizem que a valorização do salário-mínimo é
um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras,
sempre contra os trabalhadores. Nosso governo nunca será o governo do
arrocho salarial.
No pronunciamento, Dilma aproveitou para lembrar que, mesmo com um
cenário internacional problemático do ponto de vista da economia, o
Brasil conseguiu manter os níveis de emprego. Para a presidente, manter
um salário-mínimo reajustado de acordo com os índices de inflação e não
sofrer com o desemprego demonstra que o País tem estabilidade suficiente
para vencer quaisquer desafios.
Nesse sentido, ela promete intensificar os esforços para atender as
reivindicações por maior transparência no governo e por mais qualidade
nos serviços públicos.
— É com esse sentimento que garanto a vocês que temos força para
continuar na luta pelas reformas mais profundas que a sociedade
brasileira tanto precisa e tanto reclama: nas reformas para aperfeiçoar a
política, para combater a corrupção, para aumentar a transparência,
para fortalecer a economia e para melhorar a qualidade dos serviços
públicos.
Reforma Política
A presidente Dilma Rousseff também lembrou, durante seu pronunciamento,
que a reforma política é a melhor maneira de conseguir as mudanças
almejadas pela população. Para Dilma, sem uma profunda modificação, não
há condições de construir uma nova sociedade.
Essa modificação, segundo a presidente, precisa ser discutida com toda a
população. Por isso, ela voltou a pedir apoio para o plebiscito que ela
sugeriu para consultar a sociedade sobre os tópicos da reforma
política.
— Encaminhei ao Congresso Nacional uma proposta de consulta popular
para que o povo brasileiro possa debater e participar ativamente da
reforma política. Sempre estive convencida de que sem a participação
popular não teremos a reforma política que o Brasil exige. Por isso,
além da ajuda do Congresso e do Judiciário, preciso do apoio de cada um
de vocês, trabalhador e trabalhadora.
A mensagem aos trabalhadores durou cerca de dez minutos e foi
transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão para todo o País.
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