o novo valor do salário-mínimo, em vigor desde o dia 1º de janeiro, em
R$ 724,001, o piso acumulará um ganho real de 72,35% desde 2002,
segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócios
Econômicos (Dieese). O reajuste representa 6,78% sobre os R$ 678,00 em
vigor durante 2013.
Em 2002,
segundo o Dieese, o salário mínimo foi estabelecido em R$ 200,00. Em
2003, o reajuste aplicado foi de 20%, para uma inflação acumulada de
18,54%, o que correspondeu a um aumento real de 1,23%.
No ano
seguinte, a elevação foi de 8,33%, enquanto o INPC acumulou 7,06%. No
ano de 2005, o Salário Mínimo foi corrigido em 15,38%, contra uma
inflação de 6,61%. Em 2006, a inflação foi de 3,21% e o reajuste ficou
em 16,67%, com aumento real de 13,04%. “Se levados em consideração
somente os percentuais de variação do PIB e do INPC, o reajuste elevaria
o salário-mínimo para R$ 722,94, que seriam arredondados para R$
723,00. Como não existem notas de R$ 1,00, para facilitar os saques nos
caixas automáticos, o governo estabeleceu o valor em R$ 724,00”, explica
o supervisor técnico do Departamento no Rio Grande do Norte,
Melquisedec Moreira.
Ele lembra
que em 2007, para um aumento do INPC de 3,30%, entre maio de 2006 e
março de 2007, diante de uma variação de 8,57% no salário nominal, o
aumento real do salário mínimo atingiu 5,1%. Já em fevereiro de 2008, o
salário mínimo foi reajustado em 9,21%, enquanto a inflação ficou em
4,98%, correspondendo a um aumento real de 4,03%.
Com o valor
de R$ 465,00, em 1º de fevereiro de 2009, o ganho real entre 2008 e 2009
foi de 5,79%. Em 2010, com o valor de R$ 510,00, o ganho real acumulado
no período atingiu 6,02%, resultante de uma variação nominal de 9,68%,
contra uma inflação de 3,45%.
Em 2011,
embora a taxa de crescimento do PIB de 2009 tenha sido negativa, o piso
registrou aumento real de 0,37% e, em 2012, com o repasse do crescimento
de 7,5% do PIB de 2010 e feito o arredondamento de valor, o Salário
Mínimo foi fixado em R$ 622,00. Em janeiro de 2013, o valor estabelecido
levou o piso para R$ 678,00.
O novo valor
deverá trazer um impacto de R$ 12,8 bilhões nas contas da Previdência
Social. Os benefícios pagos no valor de um salário correspondem a 48,7%
do montante repassado pela Previdência. No total, 69,% dos beneficiários
ou 21,4 milhões de pessoas recebem um salário mínimo.
O aumento
também deverá ter um impacto significativo nas contas de parte das
prefeituras do Nordeste. Segundo o levantamento, 20,6% dos servidores
públicos municipais da região recebem atualmente até R$ 678.Na Região
Norte, o percentual chega a 15,6%. Deve haver ainda, de acordo com o
estudo, um incremento de R$ 13,9 bilhões na arrecadação tributária nos
tributos sobre consumo.
Fonte: Jornal de Hoje
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