Nesses últimos meses temos visto inúmeras matérias nos diversos tipos de mídias alertando sobre a risco de um colapso no abastecimento de água, como já está acontecendo em vários municípios, caso não volte a chover regularmente e, principalmente se NÃO houverem mudanças em nossos hábitos relacionados ao modo de consumo desse líquido essencial à vida dos seres vivos..
Mesmo com todo esse período de estiagem pelo qual estamos passando, ainda é comum passarmos pelas ruas de nossa cidade e vermos algumas pessoas lavando seus carros ou até mesmo as calçadas de suas residências, sem nenhuma preocupação com o desperdício. Outro fator bastante importante ao falarmos em desperdício, parte muitas vezes do próprio órgão responsável pela distribuição da água (CAERN), no que diz respeito a manutenção e a conserto dos vazamentos que acontecem na rede e que são motivos de grande desperdício.
Imagem: Facebook da Profª Flaudenízia: Abastecimento de água em Lajes na época do trem da água |
Tenho publicado aqui mesmo nesse blog várias matérias que mostram o baixo nível em que se encontram nossos reservatórios, o que já deveria ser um sinal de alerta principalmente para nós dessa região, principalmente de Lajes que sabemos melhor do que ninguém, o que significa sentir na pele a falta d'água.
Na zona rural essa situação já crítica há baste tempo, onde muitos moradores somam grande prejuízo com a perda da criação e a água que chega através dos carros pipa é usada exclusivamente para o consumo humano. Mesmo com o serviço de abertura de cacimbas que tem sido realizado, ainda não chega a ser suficiente para suprir as necessidades diárias nas comunidades rurais.
Tenho dito inúmeras vezes que na zona urbana, pelo menos por enquanto, não temos sentido muito esse problema em virtude de a todo momento termos bastante água em nossas torneiras e talvez ignorarmos, ou mesmo não nos sensibilizamos com a situação, por não estarmos ainda sentindo na pele o que é conviver diariamente com a falta d'água, como sofreram as gerações das décadas de 80/90 e de outros períodos anteriores, que tinham que carregar água em galões, baldes, latas... para o abastecimento diário de suas residências.
Por Canindé Rocha - Professor da rede pública e Coordenador de Meio Ambiente
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