quinta-feira, 5 de junho de 2014

Eleições 2014 >> Dez razões porque creio na vitória de Fátima ao senado

 Todos sabem que as eleições que se avizinham serão difíceis e exigirão um grande esforço dos setores progressistas no sentido de dar alcance à situação, por outro lado privilegiada, de enfrentar de peito aberto a maior coligação oligárquica da história recente do Estado. É evidente que o acordão pretende castrar a interlocução da esquerda com o governo federal exercida por Fátima e fonte de uma respeitabilidade e de uma isenção que nenhum dos expoentes da direita jamais logrou. Sim, pois Fátima sempre colaborou com municípios para além da escolha partidária dos seus prefeitos motivada pelo seu compromisso maior com as comunidades. Galgou com isto uma inquestionável honradez na política que o acordão pretende apagar por não ter ninguém que com ela possa comparar-se.
Mostraremos porque não conseguirão.

1)      Bacurau não vota em Arara: Apesar de qualquer esforço no sentido de uma aproximação entre Henrique e Wilma o eleitor de Henrique terá dificuldades de votar em Wilma e vice-versa. Não vamos esquecer que embora unidos no atacado, as oligarquias criam adversários figadais no varejo, tanto na macropolítica quanto nos níveis locais.

2)      O eleitor de Rosalba não votará em Wilma: apesar da decisão do DEM de calar o desejo de reeleição da governadora e de migrar para a base proporcional do acordão, número significativo de eleitores de Rosalba, evidentemente nem votará em Wilma, nem anulará o voto, preferindo, certamente, não dar o gosto da eleição ao senado à ex-governadora. Sinal dos tempos, a decisão do DEM inaugura o importante momento para a democracia em que esta articulação política herdeira da ditadura se converte num partido de segunda classe no RN, sem força e sem brios para disputar o topo.

3)      A chapa oligárquica criará um polo oponente muito maior que a esquerda: A criação de um polo oligárquico criará um fenômeno de oposição automática de índole democrática. Isto provavelmente não se manifestará nas eleições proporcionais, onde os círculos pessoais prevalecem, mas dará a tônica do enfrentamento majoritário onde “eles” aparecerão com fisionomia própria.

4)      Eduardo Campos perderá. De quem é que Wilma será interlocutora? Aos olhos de um prefeito, ou de um gestor público, um senador deve ser pessoa bem relacionada com o executivo federal para que o seu trabalho possa atender às aspirações das comunidades e municípios. Situada na oposição ao governo Dilma, virtual vitorioso nas eleições de outubro, que vantagem o prefeito do interior e o líder comunitário enxergarão em apoiar a ex-goverandora? Melhor ter Fátima senadora que conhece como isenta e habituada a colaborar para além das questões partidárias, do que Wilma, oposicionista ao governo federal e protagonista de política bem conhecida.

5)      O fator IF: O governo federal, numa articulação em tudo capitaneada por Fátima, plantou a maior iniciativa para a qualificação do ensino no interior do RN. Estas novas comunidades de ensino, habituadas a um ensino de melhor padrão e a uma muito maior expectativa de futuro não somente votarão maciçamente em Fátima, como se esforçarão para irradiar este voto por todo o estado.

6)      A grandeza da decisão, o desapego e o espírito de luta: esta eleição põe Fátima no panteão dos grandes nomes do RN. Poucos políticos trocariam o certo pelo duvidoso em nome de um ideal coletivo e de um compromisso com a sua gente. A coragem altruísta empodera um candidato muito além do que podem supor Henrique e Wilma. A estatura moral de Fátima supera à dos dois somados. Enquanto o chapão de Henrique pretende enfrentar uma eleição homologatória onde os grupos oligárquicos já decidiram que calarão a esquerda, cabendo ao povo apenas dizer amém, Fátima vai a uma luta sacrificial. Como dizia Sun Tzu na “Arte da Guerra”: o general que está do lado certo no plano da ética e da moral, ganha a guerra.

7)      O agigantamento da militância: A tentativa de sacrificar Fátima, perpetrada pelo PMDB e pelas oligarquias, agigantará a militância, pois esta entendeu que o sacrifício que se tenta impor a Fátima decorre dos riscos reais de virada da política no RN com a sua vitória ao senado. Ex-professora, com uma carreira vitoriosa, respeitada nacionalmente e comprometida com as lutas, Fátima está a ponto de converter-se numa lenda viva. Já é eleitoralmente maior do que o PT do RN e pode, no senado converter-se num consenso inexpugnável em todo o RN. A militância sabe que está desafiada a um enfrentamento em que tem “um mundo a ganhar”. Não fraquejará.

8)      O apoio de Lula e Dilma: A presidenta Dilma e o presidente Lula, maior eleitor do Brasil, têm dois palanques no RN, (o de Henrique e o de Robson), Não haverá espaços para preferências explícitas a um ou ao outro e provavelmente Lula e Dilam estarão nos comícios dos dois lados. Entretanto nada os compromete  à candidatura de Wilma, que tampouco produzirá palanque para Eduardo Campos. Neste plano o cacife de Wilma é zero e Fátima poderá capitalizar sozinha esses tão importantes apoios para a sua campanha ao senado.

9)      O momento de Fátima e o de Wilma: o eleitor não é tolo. Entre declínio e ascensão é pouco provável que o eleitor refletido opte pelo declínio. O senado é uma ferramenta para trazer mais desenvolvimento ao RN e o político mais apto é o que ainda tem um futuro a escrever. Esta lógica também beneficia Fátima.

10)   Davi e Golias: O imaginário coletivo contem diversas lendas populares em que aqueles que são supostamente os mais fracos conseguem, por coragem, desapego, determinação e inteligência vencer os mais fortes. O povo não perderá a oportunidade de dar vida a uma lenda que é alimento identitário e que o fortalece no enfrentamento de adversidades que só eles conhecem. Fátima encarna a lenda da humanidade trabalhadora que vence a opressão e a injustiça. Lula encarna esta mesma lenda Que lenda encarna Wilma?

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