“O Aécio, o Alckmin, o Eduardo Campos 
estavam lá, quando o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa. Depois, 
as conjunções políticas e as manifestações fizeram com que alguns se 
afastassem disso. Aí a Copa ficou órfã de pai e mãe, restando só o 
[ex-]presidente Lula”. O ministro ainda atribuiu movimentos contra a 
Copa do Mundo no Brasil a um sentimento de contrariedade a posições que o
 país estaria ocupando no cenário internacional.
“Existe, em algumas partes do mundo, um desconforto em relação à 
posição que o Brasil tem ocupado nos fórum internacionais e o seu 
protagonismo econômico. É como se dissessem que o Brasil quer ocupar um 
lugar que não lhe cabe, que ele precisa voltar ao seu lugar”. Ele 
acredita, no entanto, que no final das contas o povo vai abraçar o 
evento, seja por “informação ou paixão ao futebol”.
O ministro do Esporte também defendeu os gastos em estádios e infraestrutura maiores que em copas anteriores. “A Alemanha não gastou tanto porque não precisava, porque já tinha estrutura pronta. A África do Sul não gastou porque não podia”. Além disso, explicou que a Copa deve gerar 3,6 milhões de empregos e que para cada real de investimento público haverá um retorno de R$ 3,4 em investimentos privados.
Ele também explicou gastos considerados elevados com alguns estádios.
 Em Brasília, por exemplo, ele disse que as obras de entorno não 
constavam no orçamento inicial, e sua inclusão posterior provocou grande
 aumento de custos em relação ao valor inicial.
Já na Arena Corinthians, conhecida popularmente como “Itaquerão”, 
Rebelo explicou que estruturas temporárias tiveram que ser levantadas 
para atender as exigências da Fifa para um estádio de inauguração do 
evento, que deve receber 60 mil pessoas. “No caso do estádio do 
Corinthians, teve que passar de 40 mil para 60 mil lugares, foi quase 
como um novo estádio em cima do primeiro”. Vale lembrar, porém, que já 
era sabido que o estádio de São Paulo receberia a abertura do evento, 
antes mesmo dele ser erguido.
O ministro também falou das Olimpíadas de 2016 e garantiu a entrega 
das obras a tempo. Lembrou, inclusive, que o Rio de Janeiro vai tirar 
proveito de já ter recebido a Copa do Mundo. Ele, porém, não afastou a 
possibilidade de haver atrasos nas obras. “É claro que se você examinar o
 curso do calendário, há alguns atrasos. Algumas obras talvez não fiquem
 prontas no período previsto, mas vão ficar prontas para o evento”.
 
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