sábado, 9 de agosto de 2014

Eleições 2014 >> O que Henrique Alves considera radicalismo político?




 Observei atentamente a entrevista nesta sexta-feira do candidato a governador do Rio Grande do Norte, presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), ao Jornal Verdade, da Sim TV. Atentei para a preocupação do candidato em não se radicalizar a campanha eleitoral.


De acordo com Henrique, é preciso esquecer o radicalismo político e focar nas proposições para melhorar o estado. Até concordo com ele, mas o que Henrique Alves entende por radicalismo?

Pelas ponderações do candidato, me parece que ele está mais preocupado com a retomada dos fatos levados à imprensa nacional que de certa forma desabonam o político Henrique Alves, e não com o radicalismo propriamente dito, que aliás, foi objeto de arenga entre ele e a deputada Fátima Bezerra (PT), sua colega de Câmara, nos corredores de uma emissora de televisão em Natal no início desta semana. Aí sim, foi uma forma de radicalismo quando os dois, para resolver suas querelas políticas, tiveram que ser isolados numa sala da emissora.

Perguntas pelo uso do avião da FAB sem está a serviço da Câmara ou até mesmo sobre o livro “Nobre Deputado” do Juiz de Direito Marlon Reis cuja obra relata, a partir de entrevistas realizadas com pessoas envolvidas em campanhas políticas, como é feito o jogo sujo da compra de votos para eleger um deputado no país, não devem ser encaradas como radicalismo. Da mesma forma se vierem a abordar, por acaso, os escândalos dos governos Wilma de Faria (PSB), candidata ao Senado e companheira de chapa de Henrique Alves, também não devem ser encarados como radicalismo. Isso são fatos e como tal podem ser abordados sim numa campanha eleitoral.

E aí, entenda-se, que num debate, por exemplo, as perguntas podem surgir ou de candidatos adversários ou de jornalistas, mas que não significam radicalizar. Henrique Alves é uma pessoa pública e ocupa um dos cargos mais altos do país, segundo na ordem de sucessão à Presidência da República. Portanto, tem telhado de vidro e tem de está preparado para qualquer tipo de pergunta embaraçosa. Isso não é radicalizar, mas dar oportunidade ao candidato de esclarecer coisas ainda pouco esclarecidas.

Achar também que seus adversários radicalizam quando chamam a sua aliança de acordão, da mesma forma não é radicalismo. É um fato. Henrique Alves tem ao seu lado sete ex-governadores. Não se pode dizer que eles nunca fizeram nada pelo Rio Grande do Norte, isso seria radicalizar. Contudo, poderiam ter feito mais. Aí já não é radicalizar, é um fato.

Portanto, o que Henrique Alves considera radicalismo talvez não seja tão radicalismo assim. E quando prega o fim do radicalismo, pela sua ótica, certamente Henrique Alves quer evitar que se toque em assuntos que não lhe interessam.
A conferir!
  
Fonte: http://blogdobarbosa.jor.br/novo/

Sem comentários:

Enviar um comentário