sábado, 9 de agosto de 2014

Rede Estadual de Educação >> Problemas estruturais e defasagem do quadro de docentes afeta alunos da rede pública

Escola Estadual Francisco Antônio de Medeiros aguarda por reforma há mais de um ano
Escola Estadual Francisco Antônio de Medeiros aguarda por reforma há mais de um ano

DO BLOG: Mediante essa triste contestação do que realmente tem resultado na falta de condições de funcionamento e muitas vezes até no fechamento de dezenas escolas estaduais (inclusive aqui em nossa cidade),  vejo como lamentável que em momentos de greve ouvir de colegas professores e até de pais de alunos dizerem que o movimento grevista atrapalha o andamento das aulas, o aprendizado dos alunos...

Eis abaixo a matéria do Jornal O Mossoroense:
As aulas do segundo semestre de 2014 iniciaram no mês de julho, fase em que os alunos se preparam para as provas finais e ainda seleções como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Contudo, em algumas escolas, problemas estruturais e defasagem do quadro de docentes persistem desde o começo do ano, ou até de anos anteriores, como é o caso da Escola Estadual Francisco Antônio de Medeiros, que aguarda por reforma há mais de um ano.
 
Mesmo depois da determinação do Ministério Público exigindo que o Governo do Estado concluísse as reformas no prédio da escola em dezembro do ano passado, nenhum reparo foi feito no local. Na tarde de ontem, quando a equipe de reportagem do jornal O Mossoroense foi à escola, as aulas haviam sido suspensas por problemas na caixa de armazenamento de água.
 
Já no bairro Belo Horizonte, a Escola Estadual Monsenhor Francisco Sales Cavalcanti, instalada no Caic, está interditada pelo Corpo de Bombeiros desde o ano de 2010, quando foi realizada inspeção que detectou a necessidade de instalação de nova rede elétrica e um projeto contra incêndios. Nos últimos quatro anos, 90% dos alunos da instituição foram transferidos para outras escolas.
 
"É absurdo o tratamento que se dá à educação no nosso Estado. Há inúmeros problemas, por exemplo, as salas são quentes, não há condições de manter a concentração. No ano passado, o Governo do Estado se comprometeu a reformar e climatizar várias escolas, mas não cumpriu com o prometido", conta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), Rômulo Arnaud.

Más condições de trabalho desestimulam a formação de novos professores
De acordo com Rômulo Arnaud, além dos problemas estruturais, a educação no Estado tem sofrido com a falta de professores, sobretudo em disciplinas como Matemática, Física e Química, situação que, segundo ele, só tende a piorar, prejudicando alunos e aumentando a evasão em todo o país.
 
"Infelizmente, não é de se estranhar que alguns alunos terminem o ano sem ver algumas disciplinas, ou as vejam de forma 'expressa', pois muitas escolas ainda não têm o quadro de professores completo. Essa situação só tende a piorar porque o número de alunos que querem ser professores diminui a cada dia", disse o presidente.
 
Como motivos para a perda gradativa no interesse pela docência, Rômulo Arnaud aponta fatores como a baixa remuneração, o estresse da sala de aula, falta de estrutura nas escolas e falta de incentivos por parte do Governo.
 
A deficiência no ensino nas áreas das Ciências Exatas e Biológicas nas escolas públicas tem sido refletida nas médias dos alunos em provas como Enem, por exemplo, na edição 2010, a diferença na nota média entre alunos da rede pública e privada era de 90 pontos a mais para o segundo grupo.

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